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Em um mundo ideal esse guri seria um herói. Ou um supervilão.

11 anos atrás

Com 14 anos Easton LaChappelle já era um nerd incorrigível, e o pior tipo de nerd, um nerd entediado. Esse tipo ou explode o mundo ou o torna um lugar melhor. Ainda não dá para dizer o que o futuro revela para ele, mas o sucesso, seja qual caminho decida seguir, está garantido.

Easton resolveu ocupar seu tempo com um projeto ambicioso: Construir um braço robótico.

Claro que deve ter ouvido de muita gente que ele não entendia nada de eletrônica, mecânica, e -o corolário dos derrotistas- nada pode ser feito da primeira vez.

Ignorando os malas, o moleque começou a bater cabeça, estudar e chegou a um modelo inicial, operado por uma Power Glove da Nintendo (herdada do avô, com certeza). Esse modelo rendeu o terceiro lugar em uma feira estadual de ciências.

Insatisfeito, ele começou do zero um novo projeto, aprendeu CAD/CAM, modelou dedos e conseguiu que o pessoal da MakerBot imprimisse em 3D pra ele, na camaradagem. Procurando material para ligamentos, acabou chegando, graças a uma dica da mãe, joalheira, a fios de aço recobertos de nylon.

Para funcionar como tendões, improvisou com elásticos do antigo aparelho dental.

Easton aprendeu a programar, desenvolveu código para microcontroladores, transmissão sem-fio e controle dos sensores do braço.

Depois de dois anos do primeiro projeto, ele tirou o segundo lugar em uma feira internacional, e isso é apenas o começo. Antes do exército de robôs que usará para dominar o mundo, Easton pretende criar um braço-robô de baixo custo para ser usado como prótese por portadores de deficiência.

Os pais dele, ao contrário do que é comum (ao menos por aqui) não ficavam reclamando que o guri não saía de casa, ficava enfurnado no quarto. Não falaram pra ele parar de perder tempo com essas besteiras de videogame.

Eles não só incentivaram Easton com seu projeto como após o segundo lugar na feira internacional, juntaram uns caraminguás e compraram para ele uma impressora 3D.

Esse tipo de incentivo é fundamental, e faz toda a diferença. É preciso visão para entender que “Vai jogar bola” não dá futuro pra ninguém, por mais que as mães medíocres achem o máximo ver seus filhos na rua, e não em casa lendo como um nerd esquisito.

 

Fonte: PS

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