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Zone of the Enders HD Collection - Análise

11 anos atrás

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O final do século 22 se aproxima e a humanidade finalmente conseguiu colonizar outros planetas, tendo se estabelecido em Marte e Júpiter. Como era de se imaginar, aqueles que permaneceram na Terra não simpatizam muito com os que habitam esses lugares, chamando-os de “Enders” e os submetendo a duras leis e impostos absurdos, fazendo com que aquelas pessoas criassem grupos para se opor aos terráqueos e o mais forte deles ficou conhecido como BAHRAM.

A princípio a Terra não deu muita atenção ao rebelados, mas eles tinham um trunfo que faria toda a diferença em uma guerra, uma arma parecida com um robô chamada Orbital Frame e que utilizava uma poderosíssima fonte de energia conhecida como Metatron e que só poderia ser controlada por poucas pessoas.

Esse é o universo da série Zone of the Enders, criada pelo gênio Hideo Kojima, cujos dois principais jogos foram lançados com exclusividade para o Playstation 2 e que felizmente recebeu uma versão remasterizada nesta geração, com versões para o Playstation 3 e Xbox 360.

No primeiro jogo assumimos o controle de Leo Stenbuck, um garoto que vive na colônia Antilia em Júpiter e que após ver seus amigos serem mortos devido a um ataque das tropas de BAHRAM, se esconde em uma Orbital Frame conhecida como Jehuty. O que o moleque não esperava e que ao fazer isso a inteligência artificial ADA o ajudaria a assumir o controle do mech e agora ele teria que não só lutar por sua sobrevivência, mas tentar acabar com os planos de Nohman, líder do grupo e piloto da Anubis, Orbital Frame ainda mais poderosa que a dele.

Durante todo o primeiro jogo basicamente deveremos ir de um ponto a outro da instalação espacial para defender os habitantes dos ataques inimigos, além de adquirirmos alguns poderes novos e que funcionarão como uma arma secundária. O grande problema é que isso logo se torna um tanto cansativo, já que as batalhas são muitos parecidas devido a pequena variação de inimigos e também por a dificuldade não ser muito alta.

Contudo, o jogo tenta prender o jogador ao oferecer alguns missões que exigem nossa atenção para serem concluídas, mas ZoE brilha mesmo ao nos deparamos com algum chefe de fase, sempre exigindo táticas variadas e designs interessantes, em especial a vilã Viola. Outro ponto a ser elogiado é o relacionamento entre Leo e ADA, que aos poucos se torna mais dramático e faz com que criemos um vinculo emocional com a estrutura que controlamos.

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Mas se o título que deu início à franquia nos faz ter a impressão de que com ele a equipe de Kojima estava apenas testando algumas ideias, pode-se dizer que os responsáveis aprenderam com os erros e Zone of the Enders: The 2nd Runner é um jogo que merece todos os elogios.

Neste capítulo temos como protagonista Dingo Egret, um ex-combatente da BAHRAM que ao explorar uma das luas de Júpiter acaba encontrando Jehuty e assim como no anterior, ao ser atacado pelas forças lideradas por Nohman, se refugia na Orbital Frame e alguns eventos fazem com que ele seja obrigado a se manter no robô, sob o risco de morrer ao tentar sair.

Embora o conceito de controlarmos um robô capaz de voar tenha se mantido, impressiona a quantidade de modificações que o estúdio impôs ao jogo, do novo piloto mais carismático até os gráficos sensivelmente melhorados, passando é claro pela mecânica como um todo, já que agora o game possui um ritmo muito mais cinematográfico e dinâmico que o anterior.

Dessa vez teremos uma enorme quantidade de inimigos para enfrentar, as locações são variadas e as missões muito mais interessantes. Além disso, a dificuldade aumentou muito, em alguns momentos nos fazendo passar muita raiva e na maioria das vezes as batalhas contra os chefes exigem reflexos e atenção do jogador, lembrando os fliperamas da década de 80 e 90.

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Uma das coisas que mais me surpreendeu neste Zone of the Enders HD Collection foi a atenção que o pessoal da High Voltage Software deu aos gráficos, especialmente em relação ao segundo capítulo. Em ambos os jogos é praticamente impossível vermos um serrilhado e embora as texturas e efeitos de iluminação não consigam fazer frente aos jogos desta geração, várias vezes me vi observando a beleza dos cenários, relativamente bastante detalhados e cheios de vida. Espere a ter a missão no ZoE2 onde temos que destruir cinco enormes naves BAHRAM e você saberá do que estou falando. Outro ponto que merece destaque são os mechs, criados por Yoji Shinkawa.

Por fim, não há como negar que os dois Zone of The Enders mostram o sinal da idade em se tratando da jogabilidade, principalmente na maneira como a câmera funciona e como os confrontos em boa parte das vezes se resumem a simples esmagamentos de botões (bem menos no segundo jogo, é verdade), no entanto, ambos os títulos merecem ser jogados devido ao bom enredo – que contam com legendas em português - e por suas adaptações para a nova geração terem ficado muito boas.

Como parece ser apenas uma questão de tempo até que a Kojima Production anuncie um Zone of The Enders 3, dar uma chance aos remakes é uma ótima chance de conhecer a franquia e ficar imaginando o quão magnífico seria um novo capítulo para os consoles mais novos.

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