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Halo 4 - Análise

11 anos atrás

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Uma das coisas que mais me assustam no processo de criação de um jogo é quando ele muda de mãos e por isso, quando a Microsoft anunciou que a série Halo deixaria de ser desenvolvida pela Bungie e ficaria sob a responsabilidade da 343 Industries, confesso ter previsto um futuro nebuloso para a franquia.

Há de se dizer no entanto que o recém-formado estúdio contava com diversas pessoas que já haviam trabalhado em capítulos anteriores e que o único objetivo deles seria dar continuidade à marca mais famosa da família Xbox, mas ainda assim eu achei que a nova equipe não conseguiria fazer mais do que já havíamos visto anteriormente, mas felizmente eu estava bastante enganado.

A campanha principal de Halo 4 começa quatro anos após o término do terceiro jogo e contrariando aquilo em que as forças da UNSC e os Covenant imaginavam, Master Chief está vivo e após ser despertado do seu sono pela inteligência artificial Cortana, o Spartan descobre que tropas inimigas entraram na fragata Forward Unto Dawn e para piorar, a nave está em rota de colisão com o planeta Requiem. Tudo isso já seria o suficiente para preocupar qualquer um, mas mostrando o quão épica será nossa aventura, logo descobrimos que o lugar é habitado por uma nova ameaça à humanidade, os Forerunner, e que a nossa amiga de longa data está com os dias contados.

De fato um dos grande destaque do jogo está na maneira como ele se aprofunda no universo da série e principalmente, em como ele tenta humanizar o protagonista, até então tratado apenas como um avatar para o jogador e grande parte do mérito em alcançar esta tarefa é o relacionamento entre Chief e Cortana.

Durante todo o jogo chega a ser cativante o cuidado fraternal do soldado geneticamente modificado com sua IA e se torna praticamente impossível não nos importamos com a hipótese dela deixar de funcionar ou de nos emocionar com as súbitas mudanças de temperamento apresentadas por ela, nos fazendo pensar quem da dupla é realmente a máquina.

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Mas se na narrativa do jogo evoluiu, a melhoria se tornou ainda mais nítida quando falamos da parte visual. Depois de quatro capítulos lançados para o Xbox 360 e sem que visualmente nenhum deles conseguisse chamar muito a atenção, ouso dizer que o console ainda não viu nada que superasse o Halo 4 quando se trata de gráficos. Mesmo com seus estágios enormes e que algumas vezes nos dão várias maneiras de chegar ao objetivo, o game brilha com efeitos de iluminação impecáveis e texturas muito bonitas.

Contudo, o mesmo esmero técnico não pode ser visto, ou melhor, ouvido nas dublagens e embora o esforço de localização para nossa língua sempre mereça ser reconhecido, a atuação é fraca e na maioria das vezes falha em nos passar a devida emoção. Já na parte sonora a mudança de estilo foi bem vinda e se antes tínhamos grande parte da aventura embalada pelo famoso canto gregoriano, a nova trilha composta por Neil Davidge consegue deixar o game ainda mais cinematográfico.

Por falar nisso, essa aproximação do cinema é outro aspecto que me agradou muito e durante toda a campanha passamos por situações memoráveis, seja ao atravessarmos um estágio a bordo de um enorme veículo, seja ao invadirmos uma nave inimiga para a sabotarmos e espero que os responsáveis pela franquia consigam repetir a dose nos próximos títulos da nova trilogia que acabou de nascer.

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Com a campanha encerrada, o meu próximo passo será encontrar alguém para encarar as missões do Spartan Ops, maneira como batizaram o modo cooperativo e que contará com 10 capítulos lançados semanalmente de forma gratuita através da Live, além de tentar me encorajar a levar uns tiros no multiplayer e você, caso ainda não tenha jogado o Halo 4, recomendo fazê-lo o quanto antes, sob o risco de perder um dos melhores títulos lançados este ano.

Ah, e para a 343 Industries deixo os meus parabéns, pois se antes eu não via muita graça na franquia, agora posso dizer que ganharam um novo fã.

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