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Somos brasileiros e não desistimos nunca: expedição reconstruirá base na Antártica!

Boas novas: o Ministério da Ciência e Tecnologia tirou o escorpião do bolso e vai custear expedição para recontruir a Estação Antártica Comandante Ferraz, destruída em incêndio. A ciência brasileira agradece.

11 anos atrás

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No começo do ano a Estação Antártica Comandante Ferraz, principal presença brasileira na região foi destruída em um incêndio, matando dois militares e desalojando um total de 60 pessoas, além de afetar 16% das pesquisas científicas.

Parecia o fim de nossa presença no Extremo Sul do planeta, e dados os parcos recursos que o Brasil destina à Ciência, quem via de fora não tinha muitas esperanças. Folgo em dizer que estávamos errados.

Yes bitches, we're back!

Com o fim do inverno e a chegada de tempos mais amenos, foi enviada para a região a 31ª Operação Antártica, composta de 200 pesquisadores, centenas de militares e uma frota de cinco navios, capitaneada pelo Navio de Pesquisa Polar Almirante Maximiano — H41.

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Uma tropa de 76 técnicos da Marinha fará o desmonte dos escombros da Base, recolhendo mais de 700 toneladas de metal. Depois instalarão alojamentos provisórios de PVC, com estrutura completa de acampamento para 70 pesquisadores.

Enquanto isso as 19 pesquisas principais serão realizadas em laboratórios dentro dos navios da frota. Em uma fase posterior, espero que ano que vem, uma nova base permanente seja construída.

Seja o incêndio da Apollo I, o acidente da Challenger, a explosão em Alcântara, a morte de Marie Curie, seja a destruição da Base Comandante Ferraz, isso tudo serve para lembrar que a Ciência pode cobrar um preço bem alto, que o conhecimento nunca vem de graça, mas que é preciso insistir, é preciso investir. A curiosidade sempre foi nosso maior impulsionador, por causa dela saímos das cavernas, aprendemos a usar ossos como tacapes e construímos estações espaciais.

Os hominídeos que não se interessavam por essas coisas, esses hoje chamamos de fósseis. Ou fundamentalistas, dá no mesmo.

Agora a parte desanimadora. Para repor os equipamentos perdidos com a destruição da base de pesquisas, o Ministério da Ciência e tecnologia teve que se virar para conseguir uma verba emergencial de R$ 4,3 milhões.

R$ 1,7 milhões a menos do que um ex-jogador gordo ganhou pra emagrecer.

Fonte: MCT.

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