Carlos Cardoso 11 anos atrás
No dia de hoje, 78 anos atrás nascia Carl Sagan, um cientista que fez toda uma geração perceber o quanto somos pequenos, insignificantes e imensamente importantes. O quão pouco sabemos e, mesmo assim, quão deslumbrante o Universo pode ser.
Com a placa da sonda Pioneer. Um dia pode ser uma das únicas indicações de que a Humanidade chegou a existir.
Enquanto em tantos templos era ensinado ódio e submissão, adoração e medo do desconhecido, Carl ensinada a amar a incomparável sensação do descobrimento, do aprendizado. Ele nos mostrou o quanto conseguimos em tão pouco tempo de vida enquanto espécie, e o que poderíamos vir a ser, se superássemos nossas ridículas diferenças.
Talvez o mais eloquente discurso de Sagan seja o Pálido Ponto Azul, escrito depois que, a seu pedido, a Voyager I apontou sua cámera para a Terra, fazendo uma última fotografia antes de deixar o Sistema Solar. A seis bilhões de km de distância, tudo que fomos, toda nossa História, se resume a um pixel:
Logo depois da metade da faixa clara no alto, o pontinho claro. Somos nós.
O texto de Sagan foi brilhantemente captado por Guilherme Briggs, aquele ator, dublador e cachorro de pelúcia nas horas vagas. A interpretação mais as palavras de Carl conseguem aquilo que só a Ciência é capaz: Criar um senso de humildade sem subserviência e humilhação. Nosso tamanho diminuto não quer dizer que somos bactérias, e sim crianças.