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E então falta novamente...

11 anos atrás

Quem mora no Espinheiro (Recife, Pernambuco) já está um pouco acostumado com queda de energia. Geralmente quando chove a luz resolve que está na hora dela “descansar”. Principalmente por ser um bairro com muitas árvores e tudo mais. Hoje foi mais um dia comum, se não fosse por dois fatores: não está chovendo e faltou luz em todo o Recife (e Olinda). Ah, desculpa, me enganei. Faltou luz foi no Nordeste todo.

Não é a primeira vez que isso acontece e estamos de fato reféns da energia. Quando o problema é em uma megalópole como São Paulo ou New York, percebemos as proporções desses apagões. Será que foi problema no distribuidor? Será que foi problema na fornecedora? Não importa. O que é importa é: milhões de reais de prejuízo. E quem vai pagar? Você.

É engraçado que toda vez que falta energia, a empresa que fornece energia aqui em Pernambuco deveria reembolsar o cliente pelas horas sem energia. Isso é algo que a CELPE não faz. Já me acostumei com essas quedas de energia, não é coincidência eu ter comprado um notebook ao invés de um desktop. Claro, tem a questão da portabilidade e tudo mais, mas nesse exato momento, enquanto eu escrevo este artigo no Word (sim, uso Word no Mac) minha bateria acusa 4 horas e 30 minutos restante de carga. Tempo esse que espero seja o suficiente para voltar a energia (uma vez que não consigo dormir sem barulhos de energia perto de mim, é estranho, eu sei) ou então eu provavelmente publicarei este artigo no exato momento em que a energia voltar.

Pelo menos dá para ver o céu

Para os amantes da natureza, basta olhar o céu. A quantidade de estrelas que antes você via, você agora precisa contar e se perguntar: essa estrela estava aqui? Eu sei, ela estava... mas não víamos. É uma (a única) vantagem da falta de energia: finalmente dá para ver o céu.

Meu ex-chefe está prevenido

Empresas que possuem datacenter precisam de um suporte gigantesco de energia. Afinal, muitas rodam tecnologias que são usadas por pessoas que não foram afetadas pela falta de luz. E não adianta falar: “olha, faltou energia”. Não, diferentemente da CELPE que não devolve o dinheiro, você precisa reembolsar os clientes. E aí, como é que fica? Chora?

Isso não é um post patrocinado (por que tem leitor que tem a M-A-N-I-A de falar que é um post patrocinado, só por que estou citando uma marca, afinal blogueiro não pode emitir opiniões positivas sobre uma marca) mas na empresa em que trabalhei chamada Informata, meu chefe de nome Rafael Melo, possui dois servidores sensacionais. E a empresa toda é movida (em caso de falha) por nobreaks. Tanto é que a voltagem padrão em Recife é 220v, mas na maioria das tomadas dessa empresa é 110v. Segundo ele, tem energia para no máximo 7 dias. Já está preparado para um “fim de mundo” em Recife. O mesmo ocorre em outra empresa que trabalhei, em que todos os computadores eram ligados em seu “próprio” nobreak. Vantagem? Permitir que os funcionários trabalhem mesmo que falte energia, economizando dinheiro em caso de quedas de energia.

A importância de nobreaks e sistemas auxiliares de energia

Eu sempre tive o desejo de montar um sistema auxiliar de energia onde eu moro. O problema é que eu moro em um apartamento e inserir um painel solar na janela da minha casa não vai trazer muitos benefícios... No entanto, no caso de morar em um casa (que seria o ideal) eu já tenho quase toda a estratégia montada.

Instalar painéis solares para reduzir o consumo de energia dos chuveiros elétricos. Trocar todas as lâmpadas por LED pois possui um consumo de energia BEM menor do que qualquer uma atual (se houver alguma que consoma menos energia que a LED, favor avisar nos comentários) e montar uma micro-central de energia em casa, com direito a nobreaks com suporte a no mínimo três dias de energia para a casa toda. Isso, você não leu errado, para a casa toda. Do refrigerador ao portão eletrônico. Seria a única casa com luz em Recife (tem um filme... que eu esqueci qual é, que o pessoal vai para a casa de um hacker (claro) e a casa dele é a única iluminada. Qual é esse filme?). Isso é sonho, mas quero tornar realidade um dia.

Imagina na copa

Na copa teremos um gasto de energia bem maior. Imagine um hotel com 200 quartos. Agora imagine todos esses quartos ocupados. Agora imagine 200 hotéis. São 40.000 quartos de hotéis com energia extra. O número pode ser um pouco menor ou maior, mas não importa. Estaremos preparados para essa carga extra de energia? Será que as hidroelétricas e as usinas nucleares são suficiente? Cenas essas que só veremos na prática em 2014. E se preparem: vai faltar luz. E muita.

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