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La censura objetable: “¡Soy loco por ti, Sudamérica!”

Censura — parlamentares desejam que o streaming de áudio e vídeo pela internê siga as mesmas regras que limitam o (ab)uso dos espaços “gratuitos” nas rádios e TVs.

14 anos e meio atrás

Todo mundo sabe, ou pelo menos deveria saber, que o direito de expressar uma determinada opinião, sobre algo ou alguém, termina quando tal liberdade de expressão apresenta algum tipo de calúnia e/ou fere a privacidade da vida alheia. Quando tal opinião baseia-se em bons argumentos, ela ganha força, credibilidade, e pode merecer a divulgação dela nos diversos meios de comunicação, onde o público destes julgarão se tal modo de pensar é aceitável ou não. Aqui no Brasil, aqueles que propõem novas leis deveriam legislar a nosso favor, ao manter a liberdade de opinião sem censura prévia.

House Band-Aided

Entretanto, segundo o caro Luís Sucupira do FórumPCs, muitos de nossos representantes lá no Planalto Central não querem que nós, os eleitores, expressemos livremente nossas opiniões sobre as atitudes dos excelentíssimos senhores que trabalham duramente em Brasília. Uma espécie de censura prévia online.

Excelentíssimos representantes esses que vez por outra propõem que a internê possa ser controlada que nem outros meios de comunicação, cujos maiores anunciantes são os órgãos públicos…

Resumindo a situação toda: dentre outros absurdos” propostos no passado recente, nossos representantes desejam que o streaming de áudio e vídeo pela internê siga as mesmas regras que limitam o (ab)uso dos espaços “gratuitos” nas rádios e TVs.

E, infelizmente, não termina por aí:

A recente reforma eleitoral permite que portais de notícias e blogs possam ter propagandas políticas pagas, desde que não “ousem” revelar e criticar “detalhes desagradáveis” da vida pública de alguns dos candidatos, rivais ou não, durante o período das campanhas eleitorais. Campanhas essas cujos doadores só poderiam ser revelados após as eleições, tarde demais em alguns casos…

Aqui en la Sudamérica não é difícil encontrar outros “bons” exemplos de censura, principalmente quando os governantes de tais países irmãos (ab)usam (d)o poder econômico, gerado, por exemplo, pela extração de recursos naturais não-renováveis, como o petróleo, para calar diversos meios de comunicação.

Geopolítica à la Chespirito

O século XXI teve início com um ataque terrorista e tal evento, apesar de incomodar o mundo até hoje, oito anos depois, não calou sátiras e outras calorosas” homenagens na internê aos candidatos à presidência do país mais rico do mundo.

Lógico que lá, nos Estados Unidos, a liberdade de opinião na web é administrada de forma bem diferente da suposta liberdade vista ao sul do equador, até porque o 11 de setembro nesta região marcou o início de mais uma outra ditadura militar, há 36 anos atrás, contemporânea ao chamado “milagre econômico” proporcionado pelo governo militar brasileiro.

Atualmente, quem vive, verdadeiramente, seu “milagre econômico” é a China, que além de ser reconhecida por fabricar e comercializar diversas bugigangas à preços módicos, sempre é lembrada pela censura, pelo bloqueio de diversos serviços online, sob o pretexto de proteger seus cidadãos da “corrupção moral que a internê representa.

O Brasil é considerado uma superpotência emergente e não pode e nem deve se portar como uma ditadura neste atual momento pós-crise, já que, ao contrário do que ocorreria numa empresa privada, os funcionários que representam este nosso país deveriam prestar à população todos os esclarecimentos sobre as decisões que aprovam ou deixam de aprovar lá na Câmara e no Senado.

E tais esclarecimentos devem ser amplamente divulgados, inclusive aqui, na enorme teia global que é a internê. Afinal, apesar de muitas informações relativamente recentes desaparecerem misteriosamente em diversos buracos-negros digitais, a internê ainda possui menos problemas de esquecimento que a maioria dos eleitores. E adivinha? Nós, os eleitores, ainda podemos opinar e comentar sobre quaisquer atitudes de nossos representantes. Afinal, o Brasil ainda é uma democracia. Ainda.

Agora pergunto à você, caro leitor do MeioBit, o que você gostaria de ler sobre seu parlamentar favorito?

Só tenha muito cuidado para não citar muitos nomes daquela lista que o Luís Sucupira colocou, já que os “censores da web” podem “estar de olho”!

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