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Para evitar os erros de Avatar Pentágono quer refazer o projeto com Terminators.

12 anos atrás

terminator

o quê poderia dar errado?

A DARPA, agência de pesquisas avançadas do Departamento de Defesa dos EUA, que conseguiu acertar muito nos dando a Internet e errar muito propondo a Bomba Gay existe para pensar tecnologia às vezes décadas no futuro, mais avançadas que os aliens que não existem na Área 51.

Curiosamente às vezes essa tecnologia vem da ficção. Nos anos 30/40 observadores das forças armadas visitaram os estúdios de Flash Gordon, atrás de idéias. Nos anos 60 a Marinha dos EUA fez várias visitas oficiais aos estúdios de Star Trek, queriam estudar a estrutura da ponte de comando da USS Enterprise, para aplicar a disposição tática de estações em um novo projeto de porta-aviões.

Aliens mostrou unidades de fuzileiros com câmeras e medidores de sinais vitais, o tempo todo em contato com o comandante, que tinha uma visão estratégica da operação. Não preciso dizer que as equipes SEAL hoje usam a mesma tecnologia…

 

Agora a bola hollywoodiana da vez na mira do Pentágono é Avatar, e isso nem é dedução. A rubrica de US$7 milhões no orçamento se chama Avatar, e a proposta é criar um substituto para soldados, controlado remotamente.

Claro, a tecnologia de engenharia genética ainda está em sua infância, então não temos como produzir os Thundersmurfs do filme do James Cameron, portanto a DARPA se contenta com substitutos robóticos bípedes semi-autônomos.

O quanto estamos perto disso? Fique com o Petman, da Boston Dynamics

e meu favorito, um robô-japinha:

 

Não dá mais para dizer que é algo que levará décadas. Um chute de dez anos parece mais que adequado, pois da mesma forma que as softhouses desenvolvedoras de jogos, o pessoal da IA de Combate se tocou que um cérebro humano controlando a máquina é mais simples e eficiente.

Por um lado não é algo realmente assustador. Se você pensar uma tripulação em um tanque ou um sujeito pilotando de Las Vegas um drone em missão de combate acertando alvos no Afeganistão são a mesma coisa, mas há um componente muito perigoso nisso, e nem é a ascensão de Skynet.

Até hoje não havia o diferencial da 1a Pessoa.

O distanciamento de um drone é ainda maior do que o de um piloto, estão acostumados a ver seus alvos como pontinhos, não como gente. Dificilmente enfrentam retaliação e no caso do drone, o sujeito nem está ali.

Já um substituto robótico humanoide, com um soldado operando remotamente em um ambiente de realidade virtual, vendo tudo em 1a pessoa tomará qualquer ataque contra sua pessoa como algo pessoal.

Com a diferença que quem ficará irritado é um robô de 250Kg, armado até os dentes, praticamente invulnerável a tiros de armamento de mão. Imagine um monte de garotos de 20 anos, que cresceu jogando videogames, no meio de uma guerra de verdade jogando em God Mode.

Vai ser muito complicado manter a disciplina, ainda mais com a ousadia que a invulnerabilidade proporciona. Talvez numa fase inicial os substitutos devam ser controlados por veteranos, incapacitados ou que já cumpriram seus turnos de combate. Mesmo assim, é perigoso.

Um sujeito que perdeu a perna pra um IED tem boas chances de retribuir o favor, se estiver comandando um corpo robótico capaz de desmembrar um vivente sem muito esforço.

Outro resultado ruim é que esse modelo torna mais próximo o sonho dourado de todo mundo que se envolve com guerras: Uma situação onde as únicas baixas são do outro lado. Esse hoje é o grande fator que impede incursões militares de democracias. a população não aceita grandes perdas de vidas humanas, entendendo-se que vidas humanas são os nossos garotos.

Tire isso da equação e você tem um pequeno exército robótico com aval da opinião pública para invadir qualquer lugar.

Quanto tempo até os outros lados desenvolverem modelo semelhante?

Essa será uma corrida armamentista no mínimo interessante.

Fonte: WIRED

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