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Inaugurado o Centro de Tecnologia Microsoft

12 anos atrás

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Semana passada estivemos (adoro plural majestático) em São Paulo para a cerimônia de lançamento do Centro de Tecnologia da Microsoft, um espaço de 1300 metros quadrados, R$10 milhões de investimento e algo que fazia muita, muita falta.

Quem só passa os olhos acha que é uma Apple Store ou similar, como a Microsoft Store do Edifício Central no Rio e que NINGUÉM da Microsoft tem conhecimento da existência (eu sei, não faz sentido, mas é Brasil). Só que o conceito de Centro de Tecnologia não tem nada a ver com Show Room.

A idéia é ter um espaço onde parceiros, integradores, consultores e clientes possam interagir, fugindo do modelo “se ferra aí”, onde a Grande Empresa recebe um pedido, repassa para um fornecedor e vai cuidar da vida. Já tive péssimas experiências com a IBM por causa disso, aliás..

O Centro de Tecnologia parte do princípio de que nenhuma solução é perfeita e nenhum cliente vai comprar um pacote de software e hardware de R$850 mil (estou chutando, claro) baseado apenas em dois folders, um PPT e duas garrafas de vinho pagas pelo vendedor.

 

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A jóia do Coroa do Centro é o Envisioning Center, uma sala com uma mini-arquibancada de um lado e uma série de microambientes reconfiguráveis do outro. Nele você pode simular as condições de uso de uma solução, testando situações reais e estudando como as mesmas se comportam. Note, não é uma sala de treinamento, é uma sala de simulação, como a Sala do Perigo dos X-Men.

Por trás dessa e de outras salas está um Datacenter dedicado. São 700TB de armazenamento e 360 processadores, assim não há o risco daqueles demos safados onde o sujeito usa um banco com 10 registros e diz “olha como o sistema é rápido”.

Se o cliente quiser pode trazer inclusive uma massa de dados real para as simulações.

O CTM tem uma equipe de vários arquitetos, especializados nas soluções da empresa, para delinear as estratégias de customização. Já os parceiros, um monte de nomes de peso, como AMB, Brocade, Dell, EMC, Emerson, Emulex, HP, Intel, Jabra, Nokia, Panduit, Plycom, Schneider, SMART e Deal Extreme. Esses parceiros ajudaram na construção do Centro.

Protocolo

Junto com a inauguração do Centro de Tecnologia, aconteceu a assinatura de um protocolo de intenções entre a Microsoft e o Ministério de Ciência Tecnologia e Inovação. Até aí nada, mas é um protocolo com foco na área de Games.

Pretende criar aceleradoras em seis cidades do Brasil, cuidando de startups por 3 anos, dando acesso à tecnologia da Microsoft, via BizSpark e outros programas, e servindo como vitrine e “fiador”, afinal se uma startup tem apoio da Microsoft, algo de interessante deve estar produzindo.

Serão 10 startups incubadas por aceleradora, em um total de 2,4Interneys, a Unidade Oficial de Startups brasileiras.

A aceleradora difere da incubadora por ser autosustentável.

Uma das startups que com certeza estará no projeto é a ProDeaf, um projeto criado para o Imagine Cup por estudantes da Universidade Federal de Pernambuco e que tirou segundo lugar mundial no concurso.

O conceito é genialmente simples: Criaram um software que, utilizando entrada via teclado OU o sistema de reconhecimento de voz do Kinect, transforma texto comum em LIBRAS – Linguagem Brasileira de Sinais:

“mimimi mas o surdo pode ler, não é cego”.

Primeiro, crianças surdas aprendem LIBRAS antes de serem alfabetizadas. Segundo, muitos surdos se orgulham de ter uma cultura própria, e isso incluí linguagem. Nada mais natural do que um sistema de tradução que respeite isso. 

O pessoal quer agora aproveitar essa incubada malemolente e transformar o ProDeaf em algo muito mais versátil, sonham até com um sistema em tempo real que possa ouvir um diálogo na televisão e gerar automaticamente a tradução em LIBRAS, desempregando aquela tia gordinha que aparece de vez em quando no canto da tela.

Estavam presentes no evento Michel Levy, Presidente da Microsoft, Virgílio Almeida, Secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência e Tecnologia, Paulo Alexandre Barbosa, Secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo e eu,claro 😉

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