Meio Bit » Arquivo » Fotografia » Review Samsung T27A950: Isso é uma TV, um monitor ou a Angelina Jolie em forma de display?

Review Samsung T27A950: Isso é uma TV, um monitor ou a Angelina Jolie em forma de display?

12 anos atrás

A primeira coisa que se nota ao tirar o monitor da caixa é que ele é realmente bonito.

Samsung 27A950 de lado: Finíssimo!

Graças a tela retroiluminada por LED, a TV é bastante fina - a espessura da tela é a mesma de um HTC Magic, que tem 14mm.
Um detalhe no lado direito liga a tela à base, que além de apoio, é onde as conexões ficam.

Falando nelas, o T27A950 tem duas portas HDMI (uma chamada de DVI, e nessa porta não há entrada de áudio), duas portas USB, duas entradas de antena, uma saída de fone de ouvido, entrada de áudio (um conector P2, igual ao de fones de ouvido), entrada para cabo de rede (RJ45) e uma entrada para vídeo componente bastante curiosa - ele usa um formato próprio da Samsung (um adaptador vem na caixa) para ocupar menos espaço na TV em si.
Como se pode notar, é um monitor sem entradas DVI ou VGA. Claro, dá pra ligar um cabo DVI usando um adaptador para HDMI, mas não uma entrada direta. E eu até concordo com a morte do conector VGA - com mais de duas décadas, ele já passou várias vezes da idade em que tecnologias morrem. Mas ainda assim, muitos notebooks hoje em dia ainda possuem apenas essa saída...

Além disso, na caixa vêm um óculos, denunciando o suporte a 3D.
A resolução é de apenas 1920x1080, o que é adequado para uma TV mas não para um monitor de 27".
Os monitores de mesmo tamanho da Dell e Apple possuem 2560x1440 pixels - mas também são cerca de R$1000 mais caros que o T27A950. Além disso, parece que o limite na resolução é devido ao suporte para 3D - uma placa de vídeo teria que suar bastante para renderizar uma resolução muito alta em 3D.

O que me deixa curioso é qual a principal função do T27A950. Por receber a marca Syncmaster, que sempre foi dado aos monitores da marca coreana, se imagina que é um monitor que, por acaso, recebeu um sintonizador de TV.
Já a Samsung o vende como um "TVMonitor", que em tese seria um aparelho que faria as duas funções com louvor.
Mas existem algumas perdas na parte de monitor: além de faltar conexões mais comuns (apesar de arcaicas), existem algumas limitações curiosas. Se o montior tem portas USB e porta de rede, porque não colocar também uma entrada USB e permitir que o computador o use como hub e placa de rede? Sim, seria uma idéia chupada do Thunderbolt Display, mas não existe um equivalente dele para o mundo PC...

Em compensação, como TV ele é bastante interessante. Por ser compatível com o padrão brasileiro de TV Digital, basta ligar uma antena para ter acesso gratuito a conteúdo (nem sempre) em alta definição. Só não se garante a qualidade deste conteúdo...
Pelo que vi, tanto na própria TV como nos manuais, não há suporte ao Ginga: o padrão de interatividade usado na nossa TV Digital. Mas convenhamos, não é como se houvessem aplicações muito úteis por enquanto.
Em compensação, o TVMonitor vem com suporte ao Samsung Apps, onde se pode baixar uma grande variedade de aplicativos.
Mas, assim como no conteúdo interativo das TVs abertas, pode-se questionar a utilidade destes. Os que eu achei mais úteis são os para acessar serviçoes de vídeo.
Assim que se faz o login no Samsung Apps pela primeira vez, ele baixa uma infinidade de aplicativos "recomendados". Alguns são realmente úteis - caso do YouTube e Netflix. Alguns, nem tanto - o aplicativo do Bradesco é instalado por padrão e eu não vi forma de removê-lo, apesar de nem conta neste banco ter. Sem falar que não parece muito interessante acessar a conta bancária pela TV.

Entrada de Senhas: Super prática. Só que ao contrário.

Por fim, existem o Social TV, que agrupa os aplicativos do Facebook, Google Talk e Twitter. Aqui a coisa fica feia. O teclado padrão da TV não é uma maravilha, mas para entrar com a senha dos serviços é usado um bastante estranho, inspirado no teclado de telefones celulares. A diferença é que para mudar de caracter, não se aperta o botão várias vezes, mas um único botão para alternar as letras correspondentes pode cada número. Uma verdadeira confusão. Algumas das minhas senhas possuem mais de 12 caracteres e mesclam maiúsculas, minúsculas, números e símbolos. Tentar entrar elas nesse teclado só me fez lembrar que isso é um monitor que deveria ter um computador ligado todo o tempo (ou quase).

Depois de muita paciência para conseguir fazer o login, você pode atualizar o status no Facebook e Twitter e bater papo pelo Google Talk enquanto vê TV.
A interface é uma espécie de PIP, com o conteúdo da TV pegando a maior parte da tela e uma barra lateral com as redes sociais. A idéia não é de todo ruim - ver TV e dar uma olhadela nas redes sociais é interessante.
Mas tanto o método de entrada de texto como o lag entre apertar o botão no controle remoto e a TV receber esse toque é grande, piorando ainda mais a entrada de texto. O Google Talk vira uma tortura.
Sem falar que ele mostra apenas o username dos contatos, mas não o nome de exibição. Isso não seria um grande problema se não fosse pelos contatos que o Google+ adiciona no Talk. Pelo menos ali está a foto para você ter idéia de quem é.

E complicar ainda mais o uso dos aplicativos, o aparelho conta apenas com entrada para rede cabeada, sem suporte a WiFi. Quem quiser, tem que comprar um adaptador (com o lindo nome de WISO9ABGNX), que custa cerca de R$199.

Tentei ver conteúdo 3D pelo computador, mas parece que a combinação MacBook Pro + adaptador miniDP > HDMI da DealExtreme e esse monitor não se deu muito bem, provavelmente devido a taxa de atualização, que ficou limitada a 60Hz. Mas vendo vídeos pela própria TV (viva a RedeTV 3D e os aplicativos com vídeos nesse formato!), o efeito é razoável. Nada perto do presenciado nos cinemas, mas dá para notar a profundidade a mais.

Algo que achei curioso é que a conexão da TV com os óculos 3D é feita usando Bluetooth, mas esse é o único uso que a TV dá para essa tecnologia. Se pudesse ao menos usar teclados sem fio... Ou se embutissem um chip que fosse compatível com WiFi também...
Para ser justo, a Samsung tem um aplicativo para Android (e que aparentemente, só instala nos aparelhos da própria marca) que funciona como um controle remoto, incluindo entrada de texto! Mas precisa que a TV e o celular estejam na mesma rede, não consegui testar.

Tirando os aplicativos, existem alguns recursos legais, como poder ligar um HD na entrada USB e usar como um DVR, gravando a programação da TV. Mas esse recurso só funciona com a TV Aberta, mas com o que é assistido pela HDMI.
E pede que o HD seja formatado para o DVR funcionar. Como não quis arriscar meus backups, tentei com alguns pendrives, entre 1 e 8GB, e não conseguir completar a formatação...

Também se pode reproduzir arquivos que estejam num disco USB. Arquivos em mp4/h264 (720p e 1080p), mkv (720p) e avi/dvix (720p) tocaram sem maiores problemas.

O preço sugerido do T27A950 é de R$2199, mas dá pra encontrar por aí entre R$1799 e R$1999.
Enquanto TV, acho que vale a pena, mas tenho dúvidas enquanto monitor. Ele é inegavelmente muito bonito, mas se for pra usar só como monitor, vai acabar subaproveitado.
Acho uma melhor opção o T27A550, da própria Samsung, que está na faixa dos R$1050 e também possui 27", a mesma resolução, TV digital integrada e até mesmo porta USB. Só não é 3D ou tem os Apps, mas se você está o computador sempre ligado e vê TV só de vez quando, vale mais a pena.

Leia mais sobre: , , .

relacionados


Comentários