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NYTimes contra o perfil no Twitter que burla seu Paywall

Às vésperas de estrear o Paywall, seu sistema de assinatura online, The New York Times enfrenta ferramentas que burlam os limites estabelecidos para o acesso gratuito ao site.

13 anos atrás

Fachada do The New York Times.

A versão online do The New York Times é bastante conhecida não só por ser o braço digital de uma das publicações mais famosas do mundo, mas também pela veia inovadora com que atua na Internet. Há alguns anos o site chamou a atenção ao abrir seu conteúdo para todo mundo, gratuitamente, "na faixa". Agora, vão em direção oposta com o Paywall.

O Paywall é o sistema de cobrança do NYT. Ele funciona de forma bem diferente do qual estamos acostumados, inclusive com jornais nacionais, que trabalham no "8 ou 80": ou você assina o pacote e tem acesso a tudo, ou fica restrito a matérias superficiais e/ou incompletas na versão gratuita.

Com o Paywall, o NYT quer cobrar de quem consome mais. Por essa sistemática, todos temos direito a ler até 20 artigos por mês. Quando passamos disso, o site oferece algumas opções de assinatura para desbloquear o conteúdo ilimitado, que variam de US$ 15 a US$ 35. O que muda entre os três planos é a disponibilidade de aplicativos móveis para smartphones e tablets.

Nesse plano, tem uma "brecha": acessos vindos de buscadores e redes sociais não são contabilizados naquela cota de 20 artigos/mês. Aproveitando-se dessa, alguém criou, no Twitter, o perfil @FreeNYTimes, que linka todos os textos publicados no site, permitindo a qualquer um lê-los sem se preocupar com o limite mensal.

Cabeçalho do perfil @freeNYTimes, no Twitter.

@freeNYTimes: o perfil da discórdia.

Esse tipo de movimentação era esperada, e o caso provavelmente não será o último — já existem outros, como o NYTClean. O NYT promete monitorar ações do tipo, principalmente depois que o sistema entrar em vigor nos Estados Unidos, no dia 28/3 — no momento, ele está funcionando apenas no Canadá.

O @FreeNYTimes corre o risco de ser excluído do Twitter graças a uma reclamação formal do NYT ao serviço de microblogging. A alegação está na violação de marca registrada: o característico "t" que imediatamente remete ao jornal é usado na imagem de exibição do perfil e o nome do perfil tem uma parte idêntica à do endereço web do site. Resta saber se, corrigidas essas violações, o perfil continuará no ar.

Uma crítica forte ao Paywall está no preço, principalmente do plano mais caro, que além do acesso ilimitado, dá direito a aplicativos para iPad e smartphones. O mais curioso é que a versão impressa do NYT, que também concede esses direitos em âmbito virtual, custa menos do que os planos virtuais... Um incentivo à versão em papel do jornal?

Fonte: Mashable.

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