Ainda veremos bons jogos surgindo de pequenas equipes?

Eu preciso admitir que até pouco tempo eu não via o menor problema com os jogos independentes. Para mim ele representavam apenas a vontade de algumas pessoas procurarem seu lugar ao Sol e serviam como uma ótima maneira de conhecermos algumas ideias inovadoras, mas depois de conhecer o ponto de vista de Alex Neuse, da Gaijin Games e de ver o que pensa sobre o assunto David Perry, chefão da Gaikia, começo a perceber que não existem apenas virtudes nesse ramo da indústria.

“Vejo um monte de pequenas equipes tentando fazer jogos simples e fico um pouco preocupado… Isso não é sustentável. As pessoas que fazem jogos descartáveis não são necessariamente um lugar segura para apostar seu dinheiro. Se o design do seu jogo possui duas páginas, a menos que tenha descoberto um novo Tetris, eu começaria a me preocupar.”

Já para Jason Rubin, um dos fundadores da Naughty Dog, o grande problema estaria nos projetos de médio porte, aqueles que dependeriam de algo entre 15 e 30 milhões para serem concluídos, já que não teriam força para competir com grande produções como um Call of Duty, mas que por outro lado, não se pagariam caso as vendas nãos sejam boas.

É fácil perceber que a indústria de games está passando por um momento de transição. Muitas empresas perceberam que talvez valha mais a pena investir em games cuja a produção custará barato e que o retorno é quase garantido, mas para muita gente, como Mike Capps da Epic Games, o mercado já começa a dar sinais de estar saturado e ele afirma que hoje não começaria um estúdio independente.

Seja como for, tudo indica que cada vez mais veremos produtoras apostando alto e eventualmente quebrando e muitas outras fazendo o feijãozinho com arroz que lhes renderão centenas de milhões de dólares pela venda  de muitas cópias do mesmo jogos requentados e nos resta trocer para que no meio disso tudo surjam bons desenvolvedores indies capazes de criar um Limbo, um Braid, um Flower…

[via IndustryGamers]