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Flash Sigma EF-530 DG Super – Review

13 anos e meio atrás

O dia que todo fotógrafo odeia finalmente chegou para mim. Esse dia é quando um equipamento caro passa dessa para a melhor. No meu caso, foi o flash Canon Speedlight 580EX. O pequeno guerreiro durou muito, mas não quer dizer que eu estava preparado para o seu falecimento. Como nesse semestre estou passando por uma onda de investimentos pesados na fotografia (leiam isso como a montagem de um estúdio), o capital necessário para repor o equipamento perdido estava muito limitado. Depois de muito pensar, decidi investir em uma marca genérica até que meu caixa volte a ficar volumoso.

Ao procurar por lojas nos Estados Unidos e na Europa, acabei descobrindo várias marcas de flash ttl compatíveis com todas as câmeras fabricadas no planeta. Mas, o fato de nunca ter ouvido falar nelas (nem positiva e nem negativamente), me fizeram escolher pela Sigma. Três motivos me levaram a essa decisão. O primeiro é que já tive um flash Sigma, na época que fotografava com filmes, que foi revendido para um amigo e até hoje está funcionando perfeitamente. O segundo motivo é que a Sigma já transcendeu a classificação de marca genérica e oferece uma linha de produtos de boa qualidade. E a terceira foi o preço, que está muito bom.

EF-530 DG Super_1

Claro que não comprei o equipamento no Brasil, pois os preços estão um pouco proibitivos. Mandei buscar o meu no exterior (deixo livre para vocês entenderem o que quiserem) e junto com a comissão do importador (ou atravessador) ele custou exatos R$ 672,00. O modelo escolhido foi o EF-530 DG Super, o mais potente flash e com maior número de recursos a venda atualmente pela Sigma. O preço pago foi menor do que no Mercado Livre e com uma vantagem. Aqui no Brasil, muitos vendem o EF 530DG ST como sendo o modelo Super. Ou seja, vendem o modelo amador como sendo o profissional. Antes que alguém grite dizendo que foi contrabando, saiba que o preço dele no exterior é de US$ 290,00, ou seja, dentro da cota de compras no exterior por via terrestre.

O flash chegou em boas condições e em sua caixa original. Dentro da caixa encontramos o flash, uma capa protetora de lona, certificado de garantia e um manual em varias línguas (nem pensar no português). Quando peguei o equipamento na mão já notei certa fragilidade da construção. Sim, comparado com o original da Canon, o flash da Sigma é feito de um plástico mais frágil e que não me inspirou muita confiança em uma primeira olhada. Também não gostei do encaixe da sapata que é travada com uma rosca, ao contrário da ótima alavanca usada pela Canon. Por último, e ainda ligado a construção do flash, a tampa do compartimento de pilhas também se mostra muito frágil. É necessário ter muito cuidado para manuseá-la.

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O flash é alimentado por 4 pilhas (alcalinas ou recarregáveis) e possuí número guia 53. Para quem não lembra (ou não sabe) a potência dos flash são medidas em números guia. Nesse caso, a informação nos diz que o flash tem uma efetiva cobertura de 53 metros utilizando ISO 100 . O zoom interno da cabeça do flash cobre uma distância focal de 24-105mm, sendo que ainda existe a opção do adaptador para uso em grande angulares de até 17mm. Ao colocar as pilhas tive a primeira surpresa. O flash não ligou. Depois de reler o manual algumas vezes para ver se não tinha feito nada de errado, percebi que o desenho das pilhas na tampa do compartimento estava errado, o que me fez colocá-las de maneira invertida. Ao resolver esse problema, ele ligou e se mostrou bem rápido em carregar o primeiro disparo.

Fechando a análise externa, o flash também possui um visor LCD na parte de trás onde é possível ver todas as informações do sistema E-TTL e possui na parte frontal uma luz auxiliar de autofocus. A cabeça do flash é bem articulada, e permite várias variações de inclinação, bem como um giro completo de 180º. Existem duas maneiras de trabalhar com o flash. A primeira é na automática, se utilizando totalmente do sistema E-TTL para fazer os cálculos de potência. Nesse caso, o zoom da cabeça interna só se movimenta quando o flash está colocado para disparo frontal. Como isso é muito raro na fotografia profissional, quando a cabeça é colocada para o lado ou para cima (para ser rebatido)  o zoom trava em 50mm e (teoricamente) carrega uma carga mais forte. A segunda maneira de trabalhar (e muitos dizem que é a mais correta) é no modo manual. Dessa forma, o flash trabalha com potência fixa que pode variar de carga total até 1/128 da potência. Mas, existe a indicação, no LCD do flash, sobre quantos metros o flash terá abrangência dependendo das regulagens da câmera.

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Por último, existe a capacidade de se trabalhar com mais de um flash. Ele possui a característica de se comunicar com outro EF-530 DG Super (ou mais de um) e trabalhar em sincronismo. Esse é um dos diferenciais que ajudam a valorizar a fotografia profissional bem feita. Infelizmente, o limite de sincronismo nessa situação só é possível com velocidades de obturador de 1/30 segundos.

Bem, depois do manual devidamente decorado e de todas as funções exploradas, nada melhor do que colocar o equipamento para trabalhar. Já utilizei o flash em duas situações. A primeira foi em um baile de debutante. Todas as fotos foram feitas com rebatedor. Nas fotos da preparação ocorreu tudo bem. O salão onde a maquiagem e o cabelo foram feitos tinha o teto baixo e a luz ficou bem distribuída. Já no salão de festa, onde o teto era bem alto, o modo E-TTL se enganou várias vezes na medição de luz. Em certo momento precisei trabalhar com o modo manual para garantir uma correta iluminação em todas as imagens. Para fotógrafos que nunca trabalharam com essa combinação, pode ser um pouco enervante. Mas, para quem começou com um flash Frata, foi muito simples se acostumar. Gostei da iluminação proporcionada e foi muito fácil trabalhar com o equipamento. A durabilidade das pilhas também foi muito positiva. A média de disparos chegou a 350 antes de ter que trocar as pilhas.

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A segunda situação foi com fotos institucionais para uma escola técnica aqui da região. Todas as fotos foram feitas em ambiente fechado, mas existiam grandes janelas com iluminação natural. Então todas as fotos utilizaram o flash rebatido e com o objetivo de proporcionar uma luz de preenchimento. Ajudou muito o fato de o teto e todas as paredes serem brancas. Boa oportunidade para testar todas as possibilidades de inclinação da cabeça do equipamento.

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Em resumo, o flash não é perfeito, mas atende a todas as minhas necessidades no momento. Para o uso profissional é um bom custo benefício, mas não supera a qualidade e os recursos do equipamento produzido pela Canon. Um atrativo que torna sua compra muito positiva é que ele funciona tanto com as câmeras de filme quanto com as digitais da Canon (isso é bacana). O EF-530 DG Super está disponível para Canon, Nikon, Pentax, Sony e Sigma. Lembrando que o modelo para a Nikon também possui o recurso de disparo fora da câmera assim como os modelos SB600 e SB900 da empresa.

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