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Câmara Compra R$ 7 milhões de Reais em Softwares Microsoft

18 anos atrás

Num pregão a ser realizado hoje, a Câmara de Deputados faz o pregão para compra de vários produtos da Microsoft, totalizando, a preço de mercado, mais de 7 milhões de Reais.

Os 2 primeiros itens faz qualquer um que acredita em software livre e barato se perguntar: que país é esse?

01 021-06293 Office 2003 Standard .................... 5692 licenças;
02 269-06823 Office 2003 Professional .................... 1995 licenças.

Apenas o custo de mercado desses dois itens ficam um pouco mais de 6 milhões, considerando preços cobrados em lojas.

O edital para o pregão pode ser encontrado aqui, com a lista dos programas que estão sendo adquiridos.

Nos fórums da Nabble.com, há uma mensagem bastante esclarecedora, com a lista de todos os programas e seus valores médios de mercado. É interessante ver o quanto se gasta em compras governamentais em software. Será que os nossos excelentíssimos já ouviram falar de alternativas, como o Open Office?

O Governo tem todo direito de adquirir licenças da Microsoft, é claro. Mas produtos de escritório são simplesmente desnecessários, dada a qualidade dos produtos livres.
A compra de alguns produtos como Visual Studio, Windows 2003 Server, SQL Server, etc, seguem outros critérios, como expertise de quem vai utilizá-los e custo de migração do sistema. Nunca é bom radicalizar, nem para um lado, nem para o outro. Por exemplo, essa compra poderia sair MUITO mais barata se os produtos de MS-Office fossem trocados pelo Open Office. Mas encontrar produtos semelhantes de fácil migração para bases de dados, por exemplo, a custos reduzidos, é bem mais complicado.

O fato é que a Câmara perdeu uma boa chance de dar o exemplo, mostrar para a sociedade que é possível implantar e utilizar software livre e gratuito em larga escala.

Fontes:
http://br-linux.org/linux/node/2403

Seria interessante um projeto de longo prazo, envolvendo universidades brasileiras, governo e empresas: um sistema operacional livre, nacional, com ferramentas de escritório que atendessem os mais exigentes padrões empresariais. Teríamos software básico gratuito, conhecimento adquirido e difundido na criação de sistemas operacionais, redução de custo das empresas estatais e não depender de software externo.

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