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iPad- o que vem por aí

14 anos atrás

John Makinson, CEO da Penguin Books fez uma apresentação para demonstrar os protótipos que estão sendo desenvolvidos para o iPad. Ficou evidente que o mercado de eBook está se tornando algo muito além de uma simples transposição de textos do papel para a tela.

Os protótipos mostrados, principalmente na área de livros infantis lembram muito os conceitos de software educativo que nunca decolaram, por necessitarem de um computador como intermediário. Tablets de verdade como o iPad (e não Tablet PCs, que herdam a complexidade dos computadores de verdade) são a plataforma ideal para esse tipo de aplicação.

O trabalho da Penguin, claro vai muito além de livros infantis. Há exemplos de outros títulos, mas a grande sacada é o livro para adolescentes sobre (UAU!) vampiros. Motivo? Eles utilizaram os recursos de conectividade do iPad e o livro traz inclusive um chat.

Ao comprar qualquer livro você passa a fazer parte da comunidade de leitores dele, mas durante séculos essa Comunidade só se encontrava por acaso. Mesmo hoje temos que correr atrás de Facebook, Orkut, listas para encontrar pontos de agregação dessas pessoas. Com uma comunidade “embutida” a obra já sai do forno com uma vantagem. 

“Ah, então o eBook 2.0 matou de vez o livro de papel, certo?”

Não. Só gente tacanha decreta a morte de uma mídia quando do surgimento de uma tecnologia complementar. A história em quadrinhos não matou os livros infantis. A Computação Gráfica não matou o cinema autoral. O que vai acontecer é que o conceito de livro vai mudar, passara a abranger essa coisa ainda sem nome que tem texto, comunidades, animações complementares e que por favor não chamem de multimídia, isso é muito anos 90.

Dará certo? A Penguin está apostando. Querem lançar muitos títulos nesse formato de conteúdo rico. Suas vendas batem com as do mercado americano, apenas 4% dos livros vendidos são eBooks. A pretensão é chegar a 10% ano que vem.

Agora, o pulo do gato: O formato é proprietário. O ePub, adotado pelo iPad não comporta esse tipo de conteúdo. Para a Penguin, ótimo. Poderão vender seus livros e serão executados por uma aplicação própria. Para a Apple, se passar pela App Store, tudo bem. Para o usuário, rodando no iPad e não enchendo o saco com DRM (como as Apps atuais) tudo bem.

Dará certo? Não sei, mas a última aplicação, o mapa astronômico é algo que me faria comprar um iPad, se ele não fosse ser vendido no Brasil por muitos e muitos dinheiros.

Fonte: Crunchgear

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