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Do navegador para o desktop com o Prism

14 anos atrás

É uma tendência já relativamente antiga, mas que ainda não “pegou” totalmente: transformar serviços presentes na web em aplicações locais, ou, em outras palavras, eliminar o navegador da interface entre nós, meros mortais sentados em poltronas no conforto do lar ou no ambiente de trabalho, e serviços úteis, no passado existentes apenas localmente, agora hospedados na nuvem.

Para exemplificar melhor, tomemos como exemplo o Gmail. Além de ser o serviço de e-mails do Google, é um baita cliente de e-mails, de quaisquer contas POP3/SMTP ou IMAP. Muita gente o utiliza assim, no papel que, no passado, seria restrito a programas locais, como Outlook, Evolution, Mail, Thunderbird, etc.

É uma transição natural, com tendência a tornar-se cada vez mais popular. Mas, ainda temos o navegador no meio da coisa toda, quando, na realidade, a única coisa necessária é o engine de renderização para acessarmos, de fato, o serviço pretendido.

A Mozilla vislumbrou isso alguns anos atrás, e então de início ao projeto Prism. Existem formas mais complexas e completas de explicar, mas, falando simples, o Prism transforma serviços em aplicações locais.

As vantagens disso a própria Mozilla comenta: acesso direto via desktop/barra de tarefas/dock, maior estabilidade por rodar separado do navegador, e até integração com a bandeja (Windows) e dock (OS X).

O Prism está disponível para download de duas formas: programa standalone, ou extensão para o Firefox. Ambos culminam em resultados iguais, vai do usuário escolher o método que mais lhe agrada. Por conveniência (a maioria já roda Firefox), abaixo um tutorial de como criar aplicações via Prism extensão.

Depois de instalada a extensão, e reiniciado o navegador, acesse o site que deseja transformar em aplicação. Estando nele, clique no menu Ferramentas, e em seguida, na opção Convert Website to Application…

Nesse momento, uma caixa de diálogo surge. Ela permite editar vários parâmetros da aplicação, como elementos da interface do Firefox que estarão presentes, locais em que o atalho será criado, e ícone usado. Ajuste as configurações, e clique em OK.

Como dito, o novo aplicativo roda independente do navegador em si. Para o Firefox em especial, isso é bastante interessante, pois permite navegar num proesso à parte, ou seja, ficam dois processos firefox.exe carregados. Repare, na imagem abaixo, que não há menção ao nome “Firefox” na janela; o objetivo é que os aplicativos gerados no Prism deem a sensação de serem, de fato, aplicativos.

Windows Task Manager

Lembrando que, além do Firefox, o Chrome também possui um recurso semelhante, e no caso dele, nativo. Basta clicar no menu da página, e em seguida, na opção Criar atalhos de aplicativos… Embora menos personalizável, o resultado é o mesmo.

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