Rodrigo Ghedin 14 anos atrás
Jon Atherton, desenvolvedor do (utilíssimo) app Wobble Boobs (vídeo), dia desses recebeu um e-mail da Apple avisando que seu programa fora removido da App Store, a loja de aplicativos do iPhone/iPod touch, por apresentar “conteúdo abertamente sexual”, atitude esta que o mesmo e-mail afirma será tomada contra outros que se encaixem nessa descrição. Detalhe que a mesma mensagem, no começo, diz que o app de Atherton possui conteúdo que “anteriormente [a Apple] acreditava ser apto à distribuição”.
Parece que esse não é um caso isolado. Outros apps um pouco mais picantes ficaram indisponíveis da noite para o dia. No entanto, outra parcela deles, marcados como impróprios para menores e com características semelhantes aos excluídos, continuam à venda. Não se sabe se a limpa restringe-se a apps muito apelativos, ou se é progressiva, ou seja, feita aos poucos.
O mais curioso é que muitos deles estão à venda há meses na App Store, e só agora caíram na malha fina da Apple. O tal do Wobble Boobs, por exemplo, ficou disponível por cerca de 8 meses, e foi baixado 970 mil vezes! Se você viu o vídeo linkado no início do post, me responda: tem algo ali tão nocivo assim aos bons costumes? Deixando a brincadeira de lado, não é o tipo de programa que ofende os mais puristas, e ainda vinha com um aviso de que era impróprio para menores.
Perguntado pelo TechCrunch sobre essa mudança de postura, um porta-voz da Apple declarou o seguinte:
“Toda vez que recebemos reclamações de consumidores sobre conteúdo censurável, nós as revisamos. Se encontramos apps que contenham material inapropriado, então removemos eles da App Store e requeremos ao desenvolvedor que faça as mudanças necessárias para que os apps sejam distribuídos pela Apple.”
Mais uma vez as polêmicas políticas de controle da Apple sobre a App Store causam mal estar. Nesse ponto, os concorrentes, mesmo aqueles que possuem lojas de aplicativos oficiais, saem ganhando por permitirem a livre distribuição de programas fora dos canais oficiais. Ah sim, e por serem menos hipócritas também – afinal, o que impede um usuário do iPhone de acessar o 4Chan no Safari do smartphone, né?
Fonte: TechCrunch.