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Rumor — Amazon e Azul negociam transporte direto de mercadorias no território nacional

A Amazon se prepara para vender e entregar diretamente mercadorias em todo o Brasil, e estaria negociando com a Azul Linhas Aéreas um acordo para viabilizar todo o processo logístico de transporte.

6 anos atrás

A Amazon quer expandir ainda mais seus negócios no Brasil. Dias atrás ela teria reunido fabricantes para negociar a compra de produtos e iniciar a venda direta de dispositivos, um passo além do iniciado em 2017 com a abertura do Marketplace; dessa forma ela concorreria diretamente com diversos lojistas e maximizaria seu lucro, tornando-se um concorrente de peso das grandes redes e de seu rival direto MercadoLivre.

Só que um movimento de entrega direta possui um problema: distribuição. Sendo o Brasil o 5º maior país do mundo em extensão territorial e nossa realidade com estradas esburacadas, alto custo de pedágios, problemas com segurança e despesas com combustíveis e manutenção de veículos desencoraja muitas empresas de logística. Some-se a isso o fato de que os Correios são o que são, onde não entregam em muitos lugares e não deixam outros fazê-lo e temos lugares onde os produtos não chegam, e quando o fazem os valores de frete costumam ser exorbitantes.

A Amazon não sofre com tais problemas nos Estados Unidos (embora o governo tenha declarado guerra contra a empresa, visando força-la a pagar mais impostos) e sob sua ótica, é importante operar com qualidade e eficiência num país quase tão grande quanto. Assim, segundo fontes a companhia estaria negociando com a Azul Linhas Aéreas Brasileiras um contrato de logística e distribuição.

A operadora aérea ganhou força no território nacional por ter acesso a cerca de 100 aeroportos, utilizando jatos comerciais e turboélices em cidades onde as outras, a saber LATAM Airlines Brasil e Gol Linhas Aéreas não operam voos domésticos. Além disso há a Azul Cargo Express, que otimiza a capacidade de voos para despachar entregas expressas a localidades diversas, desde metrópoles aos postos avançados da Amazônia. Ao todo a Azul conta com embarques disponíveis para 3,2 mil municípios do país, de um total de 5.570.

A Amazon estaria de olho na capacidade logística da Azul em cobrir o território nacional com criatividade para garantir uma rede de distribuição nacional, onde a frota da operadora despacharia as mercadorias para postos de distribuição em diversos pontos do Brasil; tudo de forma mais eficiente e rápida do que o processo atual de outras empresas, que trabalham majoritariamente com transporte rodoviário ou os Correios, que têm o seu próprio tempo. As fontes dizem que ao menos por enquanto a Amazon não está negociando com Gol e/ou LATAM.

Os rumores parecem fortes o bastante: na última semana a Azul anunciou que alugaria duas aeronaves da Boeing, de modo a "apoiar o rápido crescimento de sua unidade de negócios de carga"; ao mesmo tempo a Amazon estaria negociando o aluguel de um galpão de 50.000 m² nos arredores da cidade de São Paulo, transferindo inclusive sua operação de logística de Barueri para Cajamar.

fonte: Reuters.

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