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Game poderá melhorar a vida de pessoas com esquizofrenia

Pesquisadores da University of Roehampton e da King’s College London desenvolvem uma técnica em que um jogo eletrônico é utilizado para amenizar os sintomas da esquizofrenia. Esperança é de que ela ajude a melhorar a vida dos que sofrem com a doença.

6 anos atrás

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Estima-se que cerca de 70% das pessoas que sofrem de esquizofrenia escutem vozes, um sintoma responsável por causar um enorme nível de estresse e para piorar, cerca de 30% desses pacientes não respondem aos medicamentos que lhes é ministrado. Diante dessa situação terrível, médicos e cientistas tem buscado alternativas para amenizar o sofrimento dessas pessoas e pode ser que os games sejam uma delas.

Iniciativa de pesquisadores da University of Roehampton e da King’s College London, eles estão realizando um estudo onde foi descoberto que usando jogos eletrônicos poderão fazer com que pacientes treinem estratégias mentais para amenizar os sintomas da doença.

Após algumas pesquisas, eles descobriram uma região do cérebro que é sensível às vozes humanas e que é hiperativa naqueles diagnosticados com esquizofrenia e alucinações verbais. Os envolvidos então usaram equipamentos de ressonância magnética para criar uma técnica de neurofeedback, onde o paciente consegue monitorar a atividade cerebral na região específica.

Foi criado então um jogo onde a pessoa precisa pousar um foguete usando apenas o pensamento e após quatro utilizações os cientistas perceberam que os pacientes já conseguiam reduzir a atividade cerebral na região afetada. O mais interessante é que após algum treinamento, essas pessoas se tornaram capazes de adotar a estratégia durante o dia a dia, podendo assim ter uma qualidade de vida melhor.

De acordo com o professor Paul Allen, da University of Roehampton, “os resultados desse piloto são espantosos e quase todos os pacientes do grupo foi capaz de controlar seus foguetes espaciais, trazendo-os com sucesso de volta à terra.” Portanto, isso significa que ao usar a técnica os pacientes aprendem a controlar suas atividades cerebrais. Mas apesar desse sucesso inicial, o estudo ainda precisa ser testado num grupo maior de pacientes, o que os responsáveis esperam fazer nos próximos meses.

O caso é mais um exemplo de como jogos eletrônicos podem servir para muito mais do que apenas nos entreter. Só acho uma pena que notícias como essas não ganhem a mesma repercussão de quando algum maluco assassina dezenas de pessoas e depois coloca a culpa nos games.

Fonte: BBC.

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