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Pepper, o robô da SoftBank é demitido de uma mercearia na Escócia

Não se pode vencer todas: Pepper, o simpático robô da SoftBank não desempenhou um bom trabalho quando deslocado para atender o público numa mercearia escocesa.

6 anos atrás

pepper

Não é de hoje que utilizamos robôs para realizar trabalhos simples e monótonos, e para certos empreendimentos deixar uma máquina cuidar de uma função para desocupar um funcionário que pode tratar de algo mais importante é essencial. O Pepper, um simpático robozinho desenvolvido pela Aldebaran Robotics e distribuído pelo Grupo SoftBank faz exatamente isso, ele age como um totem móvel, acumulando funções de recepcionista e balcão de informações.

Com 1,20 m de altura ele é um simpático apetrecho, que exatamente por não ter um aspecto humano demais passa longe do Vale da Estranheza e por isso vem sendo testado em vários locais, mais recentemente em hospitais da Bélgica. Ele compreende 20 idiomas, possui câmeras e sensores e pode identificar novos pacientes/transeuntes/clientes e oferecer informações básicas de orientação e outros serviços.

Só que nem tudo é perfeito, e uma mercearia escocesa não se adaptou muito bem ao Pepper. O robozinho foi disponibilizado para testes na Margiotta Food & Wine em Edimburgo por uma semana, de modo a captar material para um documentário da BBC; ele deveria prover informações aos consumidores ao mesmo tempo que deveria entretê-los de alguma forma, como por exemplo contando piadas e os resultados não supriram as expectativas.

Talvez pela forma como ele foi inicialmente programado para desempenhar suas funções na mercearia, o Pepper (ou “Fabio”, o apelido que recebeu) quando questionado onde ficada determinado produto só era capaz de responder “na seção tal”, sem indicar onde ela se encontra ou levar o cliente até lá, e ele é capaz de realizar ambas as tarefas. Outro problema mais sério, apontado pelos clientes é que “Fabio” não conseguia entender as solicitações quando havia muito ruído ambiente, porque seus microfones não são bons o bastante para filtrar sons e barulhos das vozes das pessoas. Como o Pepper tem sido testado em ambientes mais controlados e livres de barulhos externos, tal dificuldade é até compreensível.

Por fim, ao colocar “Fabio” para distribuir petiscos demonstrou que o robô, ao menos pelos clientes da mercearia não foi bem recebido: a maioria das pessoas o ignorou e preferiu comer da mão de uma atendente, distribuindo os mesmos tira-gostos na loja. No fim das contas a loja decidiu não manter o Pepper, concluindo que ele não é adequado para suas necessidades.

Embora o Pepper seja um produto muito interessante, ele ainda não está preparado para todas as situações e ao menos neste momento, ele representa um problema para a SoftBank: o valor investido no desenvolvimento foi altíssimo e ele é vendido a pouco menos de US$ 2 mil a unidade, o que está fazendo a divisão de robótica da companhia sangrar de forma descontrolada. E como não é intenção do grupo vendê-lo como um sex toy

Fonte: Digital Trends.

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