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Professor de Engenharia analisa o stealth do Firefox (o avião fictício, não o browser)

Será que Hollywood acertou? Um grupo de engenheiros resolveu analisar o MiG-31 Firefox, o caça fictício do filme de 1982, para descobrir se ele é mesmo tão invisível ao radar quanto o filme anunciava. Clique e descubra se a Vida imitou a Arte desta vez.

6 anos atrás

mig31

Arthur Clarke adorava usar a expressão “a vida imita a arte”, e às vezes isso acontece mesmo. A Marinha dos EUA pediu pra visitar e estudar a ponte da USS Enterprise, pois estavam projetando novos navios e a organização das posições dos tripulantes em Jornada nas Estrelas era extremamente eficiente.

Outras vezes a Arte não é tão bem-sucedida. Foi o caso do Firefox, o delicioso e datadíssimo filme de 1982 com Clint Eastwood, onde ele rouba um avançadíssimo caça stealth russo.

Na época ninguém fazia idéia do que era ou como se pareceria um avião invisível ao radar. Ou melhor, alguns até sabiam, o Have Blue da Lockheed voou pela primeira vez em 1977, mas era secretíssimo. O F-117, o caça stealth que não era caça voou em 1981 mas do mesmo jeito era segredo total.

Lockheed Have Blue. Você ficaria milionário se vendesse essa foto aos russos em 1977.

O Have Blue foi um dos projetos futuristas do alienígena disfarçado Kelly Johnson. Era tão avançado que tiveram que reprojetar o poste onde testavam a RCS (Radar Cross Section) do aparelho, que é o grau de refletividade ao radar.

O poste normal refletia um sinal centenas de vezes maior do que o do Have Blue, e não conseguiam medir o sinal ínfimo do avião.

lockheed_have_blue_model_rcs_test

O Firefox não se parece nada com o F-117 ou o Have Blue, mas será que os artistas sem-querer acertaram?

mig-31-firefox-anigrand-craftswork

Não segundo Konstantinos Zikidis e outros engenheiros que apresentaram uma pesquisa durante a Segunda Conferência Internacional em Aplicação de Matemática e Informática em Ciências Militares (ufa!). Em abril de 2013 em Atenas, Grécia, eles usaram física real para analisar o avião fictício, como forma de atrair a atenção do público, e aparentemente funcionou.

Neste link aqui você consegue ver parte do trabalho, e se conseguir entender, parabéns.

A conclusão entretanto é bem mais simples: o stealth dele é uma bosta. O Firefox se existir teria a mesma assinatura de radar de um B-52, que é a mesma de um pequeno país.

Bem, você não pode ganhar todas, Arte.

Fonte: Aviationist.

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