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Sem muita surpresa, Dubai quer ser a primeira cidade do mundo com serviço de táxis-drones

Dubai (sem surpresa) quer ser a primeira cidade do mundo a com taxis-drones autônomos, e em parceria com uma empresa alemã inicia testes do Volocopter, com capacidade para duas pessoas e autonomia de 30 minutos.

6 anos e meio atrás

drone-taxi

Xeque Hamdan bin Mohammed bin Rashid Al Maktoum (saúde!), o príncipe-herdeiro do Emirado de Dubai posa para fotos na cabine do VC200; mas como não é besta não voou nele

Fato, o Emirado de Dubai tem orgulho de sempre, sempre querer ser a vanguarda do mundo. Com dinheiro de sobra, os xeques locais passaram os últimos 30 anos investindo para fazer dela a “cidade do futuro”, e quando não fazem show-off usando Maseratis e Porsches como viaturas e ambulâncias apresentam uma ou outra inovação tecnológica interessante; isso quando não embarcam de cabeça em ideias de outrem para ser simplesmente o “first”.

A bola da vez, que algumas empresas e pesquisadores defendem como o próximo passo é usar drones como veículos de transporte autônomos, mais precisamente como táxis. Claro que há uma série de problemas nessa abordagem, na possibilidade de um defeito mínimo todo mundo a bordo morre e outras preocupações como autonomia dos veículos, velocidade e legislações. Ademais, helicópteros já estão aí e fazem basicamente a mesma coisa (e acredito eu, por menos dinheiro).

Ainda assim Dubai decidiu que quer ser a primeira cidade do mundo a contar com drones como táxis, e para isso fechou uma parceria com a empresa alemã Volocopter (antes E-Volo, patrocinada pela Daimler) e adotou o VC200, o mesmo que fora apresentado em 2013. Ele conta com 18 rotores elétricos, uma cabine de fibra de carbono e a estabilidade conferida pelo posicionamento dos rotores elimina os problemas de torque de um helicóptero, que exige um rotor traseiro e em caso de falha a catástrofe é iminente. Drones comuns já usam essa solução, a Volocopter só aumentou a escala.

O volocóptero tem capacidade para duas pessoas e autonomia de 30 minutos, em um voo obviamente pré-programado sem que os passageiros tenham que fazer qualquer coisa. A Volocopter informa que o VC200 dispõe de baterias e rotores extras e para casos extremos, um par de paraquedas. A empresa alemã não é nem de longe a única a investir nesse setor, há uma série de concorrentes de peso como Google e Airbus e outras menores (e esquisitas) como a Kitty Hawk, mas provavelmente pela maturidade de seu projeto os xeques de Dubai deram preferência para a solução da Volocopter. E claro, a já conhecida eficiência alemã também é um fator importante a ser considerado.

Os testes foram conduzidos nesta segunda-feira (25) em uma cerimônia organizada pelo xeque Sheikh Hamdan bin Mohammed, porém sem passageiros a bordo (ainda não encontraram alguém louco o bastante para voar nele); considerando as condições até que ele foi bem, voando por cinco minutos a 200 metros de altitude:


Business Insider — Dubai just tested its autonomous flying drone taxi

O que ninguém sabe ainda é como o VC200 se comporta com tripulantes, já que todos os testes foram conduzidos com ele vazio. No entanto, com o aporte de Dubai (que é uma cidade progressista tecnologicamente falando e não deve pôr empecilhos para legalizar o drone-táxi) poderá fazer com que o projeto possa de fato dar certo por lá.

Fonte: Reuters.

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