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Pesquisadores criam rede neural que transforma selfies em modelos 3D

Pesquisadores do Reino Unido apresentam rede neural capaz de identificar rostos em selfies e transforma-los em modelos de três dimensões; aplicações para tal software são várias.

6 anos e meio atrás

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No campo da Inteligência Artificial há ao menos dois tipos dintintos: a IA Forte, que é aquela que todo mundo tem medo e diz que vai nos exterminar: é a IA capaz de criar máquinas com consciência, desenvolver um processo de pensamento similar ao nosso e se identificar como um indivíduo. Já a IA Fraca, a que mais utilizamos hoje é a desenvolvida para resolver um problema específico: redes neurais criadas com propósitos desde a dirigir Teslas a identificar anomalias mínimas nos olhos e o faz mastigando, engolindo e digerindo toneladas de dados para isso.

A IA Fraca não é treinada para pensar por si, ela "pensa que pensa". No entanto isso não é demérito: rede neurais especializadas são frequentemente mais capazes do que um humano treinado, simplesmente porque ela não se distrai de sua tarefa. Da mesma forma é possível treinar uma IA e alcançar resultados que softwares poderosos ou não conseguem, ou o fazem com resultados inferiores ou demoram muito para entregar resultados.

Por exemplo, um grupo de pesquisadores das universidades de Nottingham e Kingston apresentaram um sistema especialista capaz de ler as informações em uma foto de um rosto qualquer, inferir informações de profundidade e construir um modelo em três dimensões da face retratada, com um grau convincente de fidelidade. Em suma, você pode usar uma selfie para criar um rosto 3D bem convincente.

Vejamos este exemplo, utilizando uma foto de Marie Curie:

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Obviamente coloquei uma foto minha e o resultado é muito bom:

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Os cientistas treinaram uma rede neural alimentando-a com toneladas de fotos, de modo que ela se tornasse capaz de identificar rostos; daí o software foi desenhado de forma a fazer com que o sistema identifique a profundidade adequada dos elementos faciais, bem como adivinhe elementos que não podem ser visualizados; foi assim que eu acabei com costeletas grisalhas e uma barba um pouco mais larga nas laterais por exemplo; a rede não tinha como saber onde ela terminava e chutou.

Embora o objetivo inicial seja inicialmente para demonstrar as capacidades de uma rede neural, as aplicações para um sistema capaz de construir modelos 3D de faces através de fotos são várias, desde softwares de reconhecimento e produtos estéticos a aplicativos forenses, como identificação de desaparecidos e suspeitos.

Você confere o artigo completo aqui; já no link abaixo você pode testar o modelo e brincar com fotos suas e de algumas amostras.

Fonte: University of Nottingham.

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