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GFermi1: nVidia contra-ataca as Radeon HD 5k, na geração DX11!

Pastilha GF100, arquitetura Fermi — nVidia estaria prestes a apresentar novas GPUs baseadas no DX11.

14 anos atrás

Ao final deste mês, também lembrado pelo Dia das Crianças, ocorrerá o tão aguardado lançamento do Windows 7 e a ATi+AMD não deixará tal oportunidade em branco, porque, até lá, colocará no mercado ao menos duas novas linhas de placas de vídeo, com processadores gráficos da família Radeon HD 5k, plenamente compatíveis com os recursos do quinto modelo de shaders do Direct 3D, trazidos com o DirectX 11, componente nativo do Windows 7.

Lógico que a rival camaleão, a nVidia, não deixaria nada barato essa história de ver a maior concorrente (a Intel pode até ser líder no setor gráfico integrado, mas podemos desconsiderar as pobres GMAs, já que elas não são GPUs dedicadas) festejando o pioneirismo no pleno uso do DX11, com um custo benefício tão invejável.

nVidia chora no Dia das Crianças

Durante a GPU Technology Conference 2009, que coincidiu com o lançamento das primeiras placas DX11 (Radeon HD 5870 e 5850) no mercado, a dona das GeForces tratou de ao menos ofuscar o merecido brilho das novas Radeon, anunciando o sucessor dos processadores Gráficos Tesla X e que integra a décima-primeira família de GPUs GeForce: a linha high-end GeForce GF100.

Os processadores Gráficos Fermi 100 não se tratam apenas de uma terceira versão (aka GT300) da arquitetura Tesla (a primeira versão foi utilizada nas GeForce 8 e 9; enquanto a segunda, nas GeForce GTX) e sim de uma nova arquitetura que sucederá a Tesla, chamada Fermi. E justamente por se tratar de uma nova arquitetura, a nVidia ainda não mostrou nenhuma placa funcional com a nova GPU, o que indica que há a possibilidade de a família GeForce 11 não sair toda este ano, talvez só a linha high-end. Isso se tal linha sair mesmo este ano.

nVidia Tesla & Fermi Architeture Comparisons

O que não mais sairá dos designers da nVidia serão novos chipsets para placas-mãe AMD e Intel. Já era até esperado, mas a decisão agora parece definitiva, assim como a de investir mais no GPGPU, já que, para a empresa do camaleão, o DX11 não determina o sucesso, em vendas, de uma placa de vídeo com processador gráfico dedicado, se dando ao luxo de, por exemplo, colocar o Tessellation (DX10.1) via software na GeForce GF100, enquanto nas GPUs da ATi+AMD, tal recurso existe diretamente no hardware desde as Radeon HD 3k.

Traduzindo: enquanto a ATi+AMD segue colhendo os lucros com as novas crianças já andando no mercado e que oferecem praticamente o dobro de desempenho gráfico alcançado pelas Radeon HD 4k (a AMD preferiu investir no custo benefício para os jogadores, maiores usuários de suas GPUs), a nVidia pretende seguir pelo ramo da supercomputação, abrindo um nicho que praticamente só tem ela e, talvez, a Intel.

Não tenho números exatos, mas pessoalmente creio que a maior parte dos consumidores que pagam caro por um processador gráfico dedicado o fazem para jogar com diversos efeitos gráficos simultâneos ativados. Um desses efeitos é a simulação de física no ambiente de jogo, proporcionado pela engine proprietária PhysX (Ageia, somente nVidia), que pode derrubar um pouco o desempenho gráfico e não à toa alguns entusiastas utilizavam uma configuração incomum onde uma Radeon é reservada para renderizar os gráficos; e uma GeForce, para os cálculos da engine de física.

Microsoft DirectX 11

Mas caro tio Laguna, o meu computador não serve apenas para jogar, eu também assisto e até produzo uns vídeos educativos em alta definição...

Sem problema, a Adobe, por exemplo, está a desenvolver um player cujo streaming em Flash é (de)codificado utilizando Direct Compute (DX11) ao invés de apenas usar unidades especializadas presentes em algumas GPUs, como os UVD/AVIVO nas Radeon, o PureVideo nas GeForce e o Clear Video das GMA (Intel). Tais unidades de fluxo gráfico especializado possuem implementações diversas, o que dificultava a vida dos desenvolvedores de players/encoders, já que antes do DX11 eles precisavam desenvolver uma versão específica que fosse compatível com cada uma delas.

E falando em características especiais, o grande inconveniente em utilizar as GPUs para substituir o “processamento central tradicional” é ter de refazer as ferramentas, adaptando os aplicativos praticamente do zero. Por isso, mesmo tendo um nível de desempenho muito superior aos processadores centrais, os processadores gráficos são raramente utilizados para renderizar efeitos especiais cinematográficos ou mesmo longos filmes em computação gráfica.

Seja como for, a nVidia está a fazer um movimento bastante arriscado, pois, apesar de haver esforços dos desenvolvedores de jogos e outras aplicações para utilizar o gigantesco poder de cálculos que as atuais GPUs das linhas high-end possuem, a dona das GeForces praticamente só produz processadores gráficos e as novas Radeon já estão no mercado. Entretanto, a AMD não é famosa apenas pelos processadores gráficos Radeon.

Radeon HD 5k Performance Comparisons

Conclusão: particularmente acho bom que a nVidia cumpra mesmo a promessa de bater as Radeon HD 5k e isso não apenas no desempenho, pois o alto custo das placas com GeForce GTX poderia se refletir nas GeForce GF100. E não creio que adiantará muito renomear as placas antigas para substituir as linhas low e mid-end com as antigas GPUs mid e high-end, já que o suporte ao DirectX11 nativo das novas Radeons é um diferencial e tanto se bem aproveitado pelos desenvolvedores de jogos.

Seja como for, infelizmente ficarei de fora dessa festa da ATi+AMD no momento, porque a minha placa de vídeo já bem veterana (Sapphire Radeon HD 3850) ainda me serve muito bem, mesmo sendo quase cinco vezes menos potente que a Radeon HD 5850 (e exatamente cinco vezes menos que a 5870). Mas, caso eu tivesse dinheiro, eu teria que viajar ao Paraguai para “importabandear” uma nova, já que não quero pagar o recente aumento do imposto.

Alguém mais fará o mesmo ou já possui planos de adquirir alguma dessas novas belezinhas do DirectX 11?

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