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Patente da Motorola descreve display de smartphone com fator de cura

Adeus telas estilhaçadas? Patente da Motorola descreve revestimento de telas de smartphones com polímero especial capaz de regenerar danos através do calor.

7 anos atrás

Todo mundo aprecia um smartphone mais resistente que a média, capaz de resistir a agressões sem sofrer danos aparentes e internos. A Motorola aprecia isso há bastante tempo, desde quando ainda fazia parte do portfólio do Google (vide o Moto Maxx) e isso não mudou após ser adquirida pela Lenovo, como se pôde constatar com o mais recente Moto Z2 Force: seu display é feito para levar porrada num nível Daniel Larusso, graças à tecnologia ShatterShield que resiste a pancadas violentas.

Só que a Motorola estuda alternativas para quando um dano na tela é inevitável. Por mais poderosa que seja a proteção uma força suficientemente significativa vai partir o display e transformar seu smartphone num mosaico de catedral e pensando nisso, ela patenteou no último dia 10 de agosto uma nova tecnologia de display capaz de "regenerar" pequenos danos, quase como um fator de cura.

Funciona assim: o revestimento não utilizaria vidro e sim um polímero especial, capaz de sofrer deformação através de ciclagem térmica e esconder os danos sofridos. Traduzido em miúdos a camada de proteção se dilataria com o calor, se expandindo e preenchendo os vãos causados por uma pancada, queda ou coisa que o valha.

A patente descrita pela Motorola menciona utilizar o próprio calor gerado pelo smartphone em uso para aquecer o polímero, mas que o usuário também poderia ativa-lo com seu calor corporal ou mesmo através de fricção, esfregando o aparelho nas roupas. Seria algo semelhante ao visto na linha LG G Flex tempos atrás, que contava com um revestimento na parte traseira que "curava" pequenas marcas. No entanto o processo não era perfeito, cortes e danos mais profundos não eram possíveis de ser reparados e mesmo os menores não eram 100% apagados.

As chances de que um polímero que corrija danos na tela por ciclagem térmica não apresente resultados perfeitos, deixando o display com marcas sutis ou mesmo perdendo o aspecto plano, ficando todo enrugado e em última análise prejudicando a performance; há também a questão do aspecto geral, em que a camada de proteção tenha uma aparência inferior a um Gorilla Glass e por se tratar de uma tecnologia que veríamos primeiro em gadgets de ponta, dificilmente vejamos algo semelhante no mercado a curto prazo e claro, registrar uma patente não significa que ela se tornará realidade um dia.

De qualquer forma, o fato da Motorola estar considerando uma solução do tipo para o futuro é interessante e se isso levar a uma tecnologia que faça mesmo a diferença, por que não?

Fonte: USPTO.

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