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Relembrando: E.V.O.: Search for Eden

14 anos e meio atrás

Talvez a maioria não saiba, mas muito antes de Will Wright surpreender o mundo com Spore, os videogames já possuíam um “criador de criaturas” onde podíamos evoluir monstrinhos ao longo do jogo. Criado pela pouco conhecida Almanic Corp. e publicado pela então Enix, E.V.O.: Search for Eden era um bom jogo para o Super Nintendo, mas que não ficou tão famoso.

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Chegando ao mercado norte-americano em 1993 e tendo sua jogabilidade seguindo o padrão dos side-scrolling da época, porém, contando com alguns elementos dos RPGs. E.V.O. começávamos como um simples peixe que devia conseguir sobreviver no meio de um mundo completamente hostil. Enquanto avançávamos pelos estágios, devíamos atacar os outros animais para ganhar pontos de experiência e consecutivamente poder comprar partes que nos tornariam mais fortes.

Essa possibilidade era justamente o grande diferencial do game. Imagine, por exemplo, poder comprar o maxilar de um tubarão para tornar seus ataques mais fortes, ou uma nadadeira que nos permita nadar com mais velocidade ou ainda um item que nos permitia dar choques nos inimigos assim como uma enguia. O corpo do nosso animal era dividido em 8 partes e ao longo do jogo era possível adquirir asas, chifres e mais uma infinidade de partes. Resumindo, era possível personalizar o personagem de muitas maneiras diferentes, um detalhe muito interessante, principalmente para a época.

O enredo do jogo fala sobre a evolução da vida na Terra, dividindo a história em cinco eras diferentes e nos levando a alcançar o paraíso para nos tornarmos uma criatura imortal que permaneceria ao lado de Gaia, a filha do Sol. Lembro-me que logo após seu lançamento, muitos tentavam chegar ao final do game controlando um ser o mais parecido possível com um ser humano, mas a tarefa não era das mais fáceis.

Mesmo contando com uma jogabilidade meio travada, gráficos aquém do poder oferecido pelo console ou um ritmo que muitas vezes chegava a dar sono, E.V.O. é sem dúvida um título para se elogiar, se não por suas falhas, pelo menos por sua ideia muito interessante e a possibilidade de deixar o jogador criar animais muito estranhos. Na minha opinião se trata de um jogo subestimado e que se bem trabalho, ficaria muito legal na atual geração.

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