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Ghost Recon Wildlands — Review

Mesmo com suas falhas, o Ghost Recon Wildlands é um jogo que acerta em muitos pontos e que merece sua atenção, principalmente se você gosta de bons títulos co-op. Leia nossa análise.

7 anos atrás

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Eu sempre fui muito fã de jogos para um jogador, a ponto de quase sempre ignorar completamente os modos multiplayer da maioria dos títulos mais recentes. Porém, quando tomei conhecimento do Tom Clancy's Ghost Recon Wildlands, soube imediatamente que precisaria jogá-lo na companhia de amigos.

A proposta de colocar até quatro pessoas para guerrear numa Bolívia virtual parecia fascinante e depois de encarar uma parte do jogo jogando sozinho e outra junto com outras pessoas, pude comprovar que este definitivamente é um título que clama por partidas cooperativas.

Réquiem para um Sonho

No Ghost Recon Wildlands seremos um soldado de um grupo de elite fictício que dá nome ao jogo e nosso objetivo será ir até o país sul-americano para acabar com o Santa Blanca. Nascido no México, esse cartel ganhou tanta força no nosso vizinho que o transformou num narco-estado, fazendo com que se tornasse o maior produtor de cocaína do planeta.

No topo da cadeia de comando temos um sujeito conhecido como El Sueño, um traficante que desde menino queria se tornar um rei e que encontrou na Bolívia o local ideal para fazer isso. Porém, para chegar até ele teremos que atingir primeiro alguns dos seus muitos comandantes e é aí que entra um dos pontos altos do game.

Cidade País de Deus

Pela primeira vez na franquia a Ubisoft optou por criar um Ghost Recon ambientado em um mundo aberto e ao fazer isso, a empresa conseguiu entregar um dos mais fantásticos mapas do games, tanto em extensão quanto em detalhamento. Viajar pela Bolívia — seja por terra, pelo ar ou pela água — é uma experiência muito bacana e a variedade de cenários torna a exploração muito interessante.

Por se tratar de um lugar tão extenso, seria preciso termos o que fazer pelo mundo e além de uma grande quantidade de missões à nossa disposição, ainda poderemos encontrar armas, equipamentos e pontos para evoluir nossos personagens espalhados por todo canto e como eles quase sempre estão protegidos por inimigos, os confrontos estarão garantidos.

Um ponto negativo neste sentido é que a física dos veículos no Wildlands é bem estranha, fazendo com que dirigir um carro, pilotar um avião ou principalmente, um helicóptero seja uma tarefa que exigirá alguma dedicação dos jogadores. Embora com o tempo consigamos nos adaptar à mecânica, ela está longe de ser agradável e como quase sempre estaremos a bordo de um veículo, é bom nos preparamos para situações… inusitadas.

O Senhor das Armas

E por falar em armas, assim como vimos em outro jogo recente da Ubisoft, o The Division, este também estará repleto de escopetas, metralhadoras, fuzis e rifles de precisão para serem coletados e o que considero ainda melhor: exceto pelos equipamentos exóticos, tudo poderá ser customizado.

Como as armas podem ser modificadas desde a sua pintura até o gatilho, mira, pente de munição e cano, ter um fuzil praticamente único não será uma tarefa das mais difíceis, embora possa ser necessário bastante dedicação para encontrar as partes que queremos.

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Tropa de Elite (ou seria Atrapalhando a Suate?)

Como eu disse antes, o Ghost Recon Wildlands pode tranquilamente ser encarado sem a companhia de outras pessoas e ao fazermos isso o computador ficará responsável por controlar outros três personagens. O grande problema neste caso é a inteligência artificial, pois ao mesmo tempo em que esses soldados são incapazes de matar ameaças que estiverem a poucos metros de distância, eles conseguirão acertar tranquilamente um inimigo a quase meio quilômetro, desde que os mandemos fazer isso.

Não que o jogo seja ruim se encarado desta maneira, mas o fato é que este é um título que só consegue entregar toda a sua qualidade quando encarado ao lado de amigos. Além de assim presenciarmos uma infinidade de situações ridículas, quase sempre oriundas de ações fracassadas, a maneira como o jogo nos incentiva a encontrar soluções diferentes para uma mesma situação é algo brilhante.

Em várias das minhas partidas em deparei com diversas ocasiões em que cada membro do esquadrão propôs uma maneira diferente para realizarmos uma missão e até pelo mundo aberto oferecido pelo jogo, será fundamental colocarmos nossa criatividade para funcionar.

Para ajudar nessa elaboração da tática de abordagem teremos algumas ferramentas que serão muito importantes, com a principal dela sendo um drone que nos permitirá marcar os alvos inimigos. Com isso poderemos coordenar disparos a longa distância e assim aniquilar dois ou mais inimigos ao mesmo tempo, sempre tentando passar despercebidos, pois acredite, você não irá querer mais de uma dúzia de traficantes te perseguindo.

Profissão de Risco

Embora eu ainda tenha muito a fazer no Ghost Recon Wildlands, posso dizer com segurança que este é um jogo difícil de ser avaliado. Por um lado tempo um título que pouco inova, que não tem uma história muito interessante e que poderá se tornar repetitivo com relativa facilidade. Por outro, trata-se de uma obra onde as sequência de batalhas funcionam muito bem, que nos entrega uma gigantesco (e belíssimo) mundo a ser explorado e que principalmente, oferece um nível de diversão absurda para quem gosta de campanhas cooperativas.

Ou seja, quando vejo algumas pessoas reclamando deste novo jogo da Ubisoft ou mesmo desconfiando da sua qualidade, consigo entender o porque de fazerem isso, mas nada disso conseguirá ofuscar os muitos momentos de diversão que o Wildlands me proporcionou (e ainda proporcionará). Também acredito que se pensarmos nele como uma enorme caixa de areia onde poderemos nos achar os verdadeiros soldados de elite, acho que o resultado não poderia ter sido melhor.


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