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Nova tecnologia de baterias promete semanas de energia com uma carga de míseros segundos

Pesquisadores desenvolvem nova tecnologia que promete (num futuro não tão próximo) baterias de semanas de autonomia com míseros segundos de carga.

7 anos atrás

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Sejamos sinceros, as baterias ainda são o maior calcanhar de Aquiles de nossos gadgets. Eles podem fazer de tudo um pouco mas quando o marcador entra no vermelho é um Deus nos acuda. E esse ano elas novamente foram o centro das atenções, seja com Pokémon GO devorando energia como louco ou com as baterias explosivas da Samsung.

O maior desejo de todos nós é poder contar com uma bateria que carregue em pouco tempo e que seja capaz de entregar uma performance cada vez maior. A tecnologia Quick Charge, presente nos dispositivos com chips da Qualcomm e que chegou agora à versão 4.0 é excelente mas não serão todos os smartphones que contarão com ela num futuro próximo, graças ao Google. Por outro lado há quem veja a tecnologia disponível hoje como extremamente lenta e não tão eficiente, e esses malucos são os pesquisadores da Universidade da Flórida Central (UCF).

Esses apressadinhos, liderados pelo pós-doutorando Nitin Choudhary desenvolveram um protótipo de bateria de supercapacitor que mantém sua eficiência mesmo após ser carregada 30 mil vezes, principalmente por não dependerem de reações químicas. As baterias funcionam de um modo diferente das tradicionais: os conjuntos flexíveis armazenam energia em sua superfície e por causa disso, permite uma carga completa em questão de segundos de uma dose muito maior do que as de hoje, que resistem a no máximo 1.500 cargas em média. E mais, com uma carga que efetivamente poderia durar semanas.

O segredo está na composição: a bateria de carga rápida é composta por milhões de fios em escala nanométrica, revestidos por um escudo de materiais dimensionais. O núcleo permite uma troca de elétrons de forma muito mais rápida ao mesmo tempo que o espaço de armazenamento é incrivelmente reduzido. Em teoria uma bateria normal hoje poderia ocupar uma área inferior à de uma moeda, enquanto que as mesmas dimensões poderiam fornecer energia a gadgets mais parrudos do que smartphones sem sequer gerar estresse nos componentes.

Claro, tudo dito pelos pesquisadores são extrapolações da pesquisa, visto que as baterias ainda são meros protótipos e a tecnologia não está nem perto de estar adequada para o uso comercial. No entanto a equipe do dr. Choudhary vê os resultados da pesquisa, ainda que nos estágios iniciais como promissores. Não custa nada sonhar.

Aos interessados, o artigo pode ser apreciado aqui (paywall, mas vocês sabem como proceder).

Fonte: UCF.

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