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O dia em que a EA baniu um país inteiro

EA impede que os moradores de Mianmar tenham acesso ao Origin e aos jogos adquiridos por lá e caso volta a levantar a questão sobre os riscos da distribuição digital.

7 anos atrás

origin

Embora eu sempre veja as pessoas descendo o sarrafo no Origin, não posso dizer que que já tenha tido algum problema mais sério com o serviço da EA. Porém, no final de semana passado surgiu uma história no NeoGAF que serve para termos o ideia do quão vulneráveis estamos em relação a compra de jogos digitalmente e quando digo isso, me refiro as todas as lojas do tipo.

O alarmante caso aconteceu em Mianmar (ou Birmânia), quando moradores do local ao tentar jogar qualquer coisa que tivessem adquirido no Origin, recebiam uma mensagem dizendo que o acesso estava negado. Indignado com a situação, um sujeito tentou entrar em contato com o suporte da EA e o que lhe foi dito era que o serviço não estava mais disponível no país localizado ao sul da Ásia.

Mas o que teria levado a Electronic Arts a tomar uma medida tão extrema? Será que por lá a maioria gosta de trapacear durante partidas online e por isso a empresa perdeu a paciência e baniu logo todo mundo de uma vez? Pois a explicação infelizmente é um pouco mais complexa do que isso.

O problema é que a EA supostamente estaria apenas seguindo ordens do governo norte-americano, que devido a uma lei proibia que qualquer empresa mantivesse negócios em Mianmar. O curioso é que o presidente Barack Obama suspendeu essa sanção em setembro e de acordo com relatos no tópico, outras empresas dos Estados Unidos continuam operando normalmente por lá.

Ao ser procurada pelo site Polygon, a EA disse que tudo não passou de um mal-entendido e que no momento eles estão trabalhando para fazer com que tanto o Origin quanto seus jogos voltem a funcionar normalmente em Mianmar, tendo pedido desculpas pelos transtornos causados e blá blá blá…

Com o lançamento do Battlefield 1 e do Titanfall 2 tendo acontecido nos últimos dias, esse “banimento” não poderia ter vindo em pior hora. Porém, como eu disse no início do texto, o problema vai muito além disso, nos fazendo questionar até onde vai nosso verdadeiro direito de jogar aquilo pelo o que pagamos.

Serviços de distribuição digitais costumam ser muito elogiados pela facilidade que eles nos oferecem na hora de comprar algo, mas infelizmente precisamos ter a noção de que, de uma hora para outra toda a nossa biblioteca pode simplesmente “desaparecer” e se isso acontecer, para quem você irá reclamar?

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