Carlos Cardoso 7 anos e meio atrás
Talvez por ser da IBM, o Watson ainda está um passo atrás do HAL. Ele não é IA Forte, ele não pensa, sequer pensa que pensa. Não tem consciência, mas é um primor em IA Fraca, executando uma tarefa específica muito bem.
Essa tarefa no caso é compreensão de linguagem e conceitos abstratos, correlacionando informação. É algo que nosso cérebro é excelente, mas estamos afogados em dados. O melhor profissional do mundo em qualquer área só absorve uma fração de 1% de tudo que é produzido diariamente naquela área.
Por isso o tratamento de uma senhora de 60 anos no Japão não estava dando certo. Diagnosticada com leucemia mielóide aguda, ela não reagia ao tratamento, e o tempo estava se acabando. Os médicos então resolveram usar o Watson para tentar achar um padrão, um modelo por mais obscuro que seja, que indicasse um diagnóstico.
Ele foi alimentado com os dados da paciente, incluindo sequenciamento genético. Junto a isso adicionaram uma base de dados com 20 milhões de estudos científicos de casos clínicos de oncologia.
Watson começou a ruminar os dados, criando modelos internos, comparando resultados, falsos-positivos, modelando árvores de algoritmos genéticos aprimorando a precisão do diagnóstico, até que 10 minutos depois, ele apresentou o resultado: a única possibilidade viável era um tipo raríssimo de leucemia, com um protocolo de tratamento completamente diferente.
O tratamento correto foi aplicado, e a paciente se recuperou completamente.
Note que isso ainda é um caso isolado, no futuro sistemas especialistas assim serão comuns, por enquanto não é possível confiar 100% no Watson ou em qualquer outro sistema. O único infalível é o Sistema de Diagnóstico do Google, que conseguimos com exclusividade o código-fonte:
10 PRINT "descreva seus sintomas" 20 INPUT A$ 30 PRINT "É câncer" 40 END
Fonte: NDTV.