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AUBRASIL 2016 — considerações iniciais e OMFG USEI O HOLOLENS

Como foi a Autodesk University? Foi muito, muito legal. Vimos de tudo: de soluções biônicas projetadas por computadores, e construídas por robôs, a makers brasileiros vivendo em uma utopia Mythbusters e ganhando dinheiro com isso. Clique e tenha um aperitivo do que vem por aí…

7 anos e meio atrás

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Esta semana estivemos no Autodesk University Brasil 2016 (adoro esse plural editorial), e neste momento estou afogado em 26,4 GB de fotos e vídeos, então já sabem, teremos posts sobre o evento por um bom tempo. Agora um rápido resumo do que vem por aí.

Estúdio Bolha

Fomos conhecer esse case de sucesso e é uma das raras empresas que não são do Elon Musk mas me deixaram com vontade de mandar currículo. Imagine toda aquela filosofia maker de hobbystas fuçadores e inventores, dotados de dinheiro, ferramentas de ponta como Fusion 360, e clientes dispostos a pagar por invenções como um autorama gigante controlado por ondas cerebrais ou uma pulseira-Tinder que brilhe quando você chega perto de alguém interessado nos mesmos parangolés.

Design Generativo

Imagine Darwin aplicado à manufatura. É como Star Trek, você diz ao computador o que quer que ele construa, não como. Milhares de variações são testadas, e tal qual evolução biológica modelos mais eficientes são mantidos, os menos são descartados. Só que ao contrário da biologia aqui há objetivos definidos. Você quer a peça mais leve, mais resistente, mais flexível? Escolha os parâmetros, o software cuida do resto.

darwin

Internet Das Coisas (úteis)

Bati um bom papo com Diego Tamburini, Manufacturing Industry Strategist da Autodesk. Conversamos sobre o presente e o futuro da Internet das Coisas, e como a sua geladeira ter internet é irrelevante, comparado com uma bomba em uma fábrica perceber que vai dar defeito e avisar o fabricante solicitando manutenção preventiva.

Brasileiros Biônicos

A Universidade Federal de Uberlândia tem um Laboratório de Engenharia Biomédica. Eles estão pesquisando o desenvolvimento de próteses simples com alta tecnologia, e é o primeiro projeto financiado no Brasil pela Fundação Autodesk, dos EUA. Junto com o Grupo de Realidade Virtual e Aumentada eles estão indo muito além do modelo “baixa modelo de prótese da internet e imprime”. Estão pesquisando métodos de customização, produção em 3D, adaptação de pacientes e uso de redes neurais e deep learning para comando de próteses pelo cérebro.

dedinhos

Alcimar Soares, PhD. e Edgard Lamounier, Ph.D demonstram uma prótese básica. Dizem as más línguas que o dedo é removível para a eventualidade de algum ex-presidente sofrer um acidente e perder o braço…

Também há um projeto onde Realidade Aumentada é usada pra treinar os pacientes, meses antes da prótese ficar pronta. O sujeito recebe e sai usando, ao invés dos vários meses de adaptação. Para isso estão testando várias tecnologias, inclusive o Microsoft HoloLens, um dos poucos que existem no Brasil.

Eu experimentei, e crianças: é revolucionário. O aplicativo era muito, muito simples, provavelmente algum estudante de graduação virou noites preparando o demo. Ele mapeava o ambiente em tempo real, gerando um wireframe, e colocava uma prótese flutuando, que você podia arrastar pelo espaço 3D com seus dedos ou mandar girar, por voz.

A percepção espacial é algo totalmente novo, seu cérebro rateia até entender que as coisas estão ali à sua volta, mas somente vistas pelo HoloLens. Ainda vou falar mais sobre isso mas OMFG. E detalhe, não houve apoio da Microsoft, o que é um vacilo. Nosso indiano favorito adora esse tipo de projeto.

Tudo bem, não tem indiano tem o Carl Bass, CEO da Autodesk e outro que adora projetos fora da caixa (registradora) como o da Federal de Uberlândia.

Aguardem então mais detalhes sobre esse e outros projetos, mas como é tudo relacionado ao futuro, deixemos pra amanhã…

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