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Doom — Review

Mantendo a essência da franquia e entregando uma jogabilidade frenética e extremamente divertida, o novo Doom é um belo presente para os fãs das antigas.

7 anos e meio atrás

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Existem poucas franquias que podem se orgulhar por ter fundado alguns dos pilares de um gênero, mas isso também costuma fazer com a responsabilidade de novos capítulos seja imensa e a expectativa dos fãs atinja níveis absurdos. Com 12 anos tendo se passado desde a chegada do Doom 3 e um desenvolvimento bastante problemático, muitos imaginaram que a id Software não conseguiria fazer com que o reboot da série agradecesse. Felizmente eles estavam enganados.

Novamente nos colocando na pele de um fuzileiro sem nome, o novo Doom pode ser elogiado por diversos motivos, mas o principal sem dúvida é ele não tentar reinventar a roda, apostando numa jogabilidade bastante simples, mas com uma campanha principal que consegue agradar por ser extremamente divertida.

Na verdade, a sensação que temos ao iniciar o jogo é de termos sido transportados para meados da década de 90, de estarmos jogando o bom e velho Doom que nos conquistou na época, mas com gráficos com os quais só podíamos sonhar. Tudo está lá: os monstros surgindo por todos os cantos, o heavy metal tornando a ação muito mais frenética e principalmente, a carnificina que marcou a série.

doom-3É interessante notar que o jogo consegue até tornar a jogabilidade mais ágil do que jamais havíamos visto. Já no início perceberemos que para sobreviver será praticamente obrigatório nos movermos a todo momento, fazendo o possível para ficarmos fora da mira dos muitos rápidos e insaciáveis inimigos que nos perseguirão e fazendo o melhor uso possível do nosso arsenal.

Por sinal, a variedade de armas é outro aspecto muito bem explorado no novo Doom. Além do título nos oferecer armas com características bastante distintas, incluindo aí uma extremamente útil motosserra, ele torna tudo mais interessante ao nos permitir fazer modificações nelas, permitindo assim que cada jogador as aproveite da maneira que considerar melhor. Essa personalização também estará presente na icônica armadura, o que faz com que o título ganhe elementos de RPG.

Outro detalhe que chamou muito minha atenção foram os mapas. Por um lado, há de se elogiar a dedicação dos envolvidos na produção devido ao enorme tamanho dos estágios, algo que deve ter exigido uma esforço incrível dos designers de fase. Porém, me incomodou um pouco a falta de identidade de cada lugar, o que passa a impressão de estarmos quase sempre andando pelos mesmos cenários.

Esse pequeno problema pode ser justificado pelo fato de boa parte da aventura se passar em Marte, onde acordamos após uma longa hibernação e só para descobrir que no planeta foi aberto um portal para o inferno. Tal premissa não é nova para quem conhece a série e por mais que possa ser interessante, para o bem ou para o mal ela nunca é explorada satisfatoriamente no jogo.

O fato é que o Doom até tenta entregar algum enredo, mas no fundo tudo não passa de um pretexto para descarregarmos nossas armas nos demônios que cruzarão nosso caminho e para quem procurava algo nos moldes do original ou simplesmente não está preocupado com todo o blá-blá-blá dos FPS mais modernos, é bom saber que aqui o foco estará na ação.

Essa dedicação a fazer com que tudo pareça tão rápido pode ser vista até numa das novidades do jogo, que são as execuções gloriosas. Essas mortes poderão ser disparadas após causarmos uma certa quantidade de dano nos inimigos, que ficarão tontos e então poderemos executá-los a curta distância. Isso fará com que recebamos um pouco de energia em troca, o que significa que não teremos que ficar andando pelo estágio a procura de itens de regeneração e assim o ritmo do game não diminuirá.

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Mas se a campanha principal é digna de todos os elogios, o mesmo não pode ser dito do multiplayer. Sim, esse Doom até conta com uma parte competitiva sólida, que traz os típicos modos que os jogadores já estão acostumados, além do Snapmap, onde podemos modificar os mapas e dessa forma aumentar consideravelmente sua vida útil, mas essa parte está longe de ser o ponto alto do jogo e dificilmente o perderá por muito tempo. Felizmente a campanha tem uma [ótima duração, podendo durar facilmente mais de 15 horas.

Resumindo, o grande mérito da id Software foi conseguir manter a essência da franquia, mas sem fazer com que o Doom parecesse um jogo velho, algo que aconteceu por exemplo com o Duke Nukem Forever. Para os jogadores que estavam procurando um FPS visceral onde uma boa trilha sonora ajudasse a tornar a ação ainda mais intensa, esse é sem dúvida um presente e tanto.

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Bethesda Softworks | DOOM – Launch Trailer

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