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Fuchsia: Google está desenvolvendo um novo SO sem um pingo de Linux

Fuchsia, o novo sistema operacional que o Google está desenvolvendo não possui qualquer estrutura do kernel do Linux e é baseado em RTOS.

7 anos e meio atrás

fuchsia

Embora o Linux seja muito bom, vamos combinar que seu kernel não é a melhor opção todas as vezes. Tudo bem que as raízes do pinguim está presente no Android, no Chrome OS e nos seus dispositivos stand alone como o Cheomecast e o vindouro Google Home, mas Mountain View deseja variar um pouco, explorar novas possibilidades.

Pois é isso que o Fuchsia, um novo SO que o Google está desenvolvendo pode vir a apresentar. E a ausência do Linux em suas entranhas é apenas um dos fatores.

O Google está expandindo seu domínio para novas plataformas, algumas bem críticas. Automatizar carros, por exemplo demanda uma velocidade de transmissão da informação alta, muito maior do que sistemas convencionais utilizam. Qualquer atraso pode significar a diferença entre a vida é a morte, e isso é algo que não se pode permitir.

É aí que o Linux, Windows, macOS, TODOS ELES falham. Plataformas críticas exigem SOs de gente grande, para ser mais preciso um Sistema Operacional de Tempo Real, ou um RTOS. Tais plataformas possuem tempo de resposta definido para um  evento é pré-estabelecido, não importando o quanto isso demore. Hardwares verdadeiramente críticos utilizam sistemas como o Lynx OS, obedecendo diretrizes talhadas na pedra por Margaret Hamilton.

Enfim... o Android Police encontrou referências no GitHub sobre um novo sistema operacional desenvolvido pelo Google, baseado em RTOS e voltado a concorrer com os já estabelecidos FreeRTOS e ThreadX. O nome, "Fuchsia" não diz muito. O novo kernel, chamado de Magenta está sendo desenvolvido para ser bastante escalável (ele deriva do LK, um núcleo voltado a dispositivos mais simples), permitindo que ele seja utilizado em uma miríade de dispositivos, desde os mais robustos aos mais cotidianos. Já a linguagem de programação adotada foi o Dart, com o qual a gigante já anda brincando há algum tempo. Já o Flutter seria a base da interface.

As especificações são bem interessantes. A documentação do Fuchsia cita que o sistema operacional mira em “smartphones e computadores modernos com processadores rápidos”, inclusive com grandes quantidades de RAM. Uma solução tanto para dispositivos móveis quanto desktops, visto que o Android em computadores não é uma solução 100% perfeita e o Chrome OS é bem limitado.

Embora haja a probabilidade de um dia substituir o Android pelo Fuchsia, o mais provável é que o Google esteja mirando no momento em aplicações de IoT e sistemas embarcados críticos, onde o tempo de resposta é essencial. De qualquer forma só saberemos o que a empresa tem em mente no futuro.

Fonte: Android Police.

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