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Resgatando os dados da Viking

A NASA tem um problema: os dados da missão Viking a Marte estão correndo risco de se deteriorar. Felizmente há gente cuidando disso, com um trabalho imensamente chato e importante: digitalizando microfilmes.

8 anos atrás

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É inacreditável pensar que as sondas Viking pousaram em Marte em 1976. Nessa época mal havíamos descoberto o fogo. Como a NASA programou uma sonda para pousar em outro planeta usando barro fofo e pedra lascada?

Aliens, talvez, mas o importante é que elas pousaram, a Viking 1 e a Viking 2, e mandaram imagens como esta:

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A Viking 2 funcionou por 3 anos, a Viking 1 ficou firme e forte por 6 anos até um estagiário mandar um comando errado e inutilizar a antena da sonda. Nesse meio tempo mandaram milhares de fotos e leituras de experimentos, inclusive um cujo resultado para Vida em Marte foi… inconclusivo.

Os dados desse tipo de sonda em geral são armazenados em fitas magnéticas, e acabam perdidos pois os equipamentos de leitura não existem mais. No caso das Viking foi feito um backup, isto aqui:

viking_biology_microfilm.jpg

São microfilmes com listagens de computador fotografadas com os resultados dos experimentos.

Essa tecnologia de microfilmagem sempre foi velha. É um horror de ruim, você tem que procurar com os próprios olhos, é tão analógica quanto uma tabuleta de argila, mas isso vai mudar. David Williams é um cientista que coordena arquivos da NASA no Centro Espacial Goddard e está digitalizando cada um desses microfilmes.

viking_bio_mfilmreader.jpg

É um trabalho de corno, cada página tem que ser escaneada, passar por um OCR, ser conferida e só então os dados serão validados. Isso será feito milhares e milhares e milhares de vezes, mas é essencial pois missões como o robô que pousará em 2020 precisam comparar os resultados de seus experimentos com os dos Anos 70, é a melhor forma de descobrir se Marte está realmente morto ou só fingindo.

Fonte: NASA.

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