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Microsoft e Linux Foundation, unidas?

15 anos atrás

A necessidade faz estranhos companheiros de cama,  assim como a tequila, mas nem toda a cachaça do mundo faria alguém imaginar algo como a imagem abaixo:

Isso mesmo: Uma carta conjunta (cuidado, PDF) da Microsoft e da Linux Foundation, ambas protestando contra o American Law Institute.

O motivo de tal união é que o instituto divulgou novas diretrizes instruindo seus membros sobre como interpretar contratos e licenças de software, sendo que tais diretrizes são, na opinião da Microsoft E da Linux Foundation, extremamente prejudiciais, tanto para o software comercial com licença fechada, quanto para o Open Source em geral.
Segundo a interpretação do ALI, o software vendido vem com a garantia implícita de que não há nenhuma falha, bug ou vicio, de conhecimento do fabricante. Também há uma exceção, software disponibilizado sem custo não possui tal garantia.
Isso geraria por exemplo responsabilidades completamente diferentes para um Ubuntu baixado e um Ubuntu comprado via CD da Canonical.

Principalmente, todo software comercial que use componentes open source teria parte coberta, parte não coberta pela garantia.

As partes consideram a interpretação “Vaga, excessiva e em desacordo com a Lei Vigente”.  A criação desse tipo de garantia implícita resultaria em enorme quantidade de processos, afetando não só as produtoras de software fechado como as Open Source.

As licenças existem, são várias.  Se um software não funciona, ele não vende. Simples assim. Quanto aos bugs, faz parte do jogo. Qualquer um que programou algo mais complexo do que bubble sort em Pascal na faculdade sabe que programas SÃO falhos.  Estamos constantemente atualizando e consertando, e matematicamente é impossível um programa complexo não ter bugs.

O processo do American Law Institute é uma das coisas mais fechadas que já vi, o próprio Jim Zemlin, Diretor-Executivo da Linux Foundation comentou isso em seu blog.  Daí a carta-aberta junto com a Microsoft.

Funcionará?

Pelo bem do Mercado, espero que sim.

Fonte: Ars Technica

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