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Cientista cria espuma à prova de balas

Blindagem balística é essencial mas não faz milagres, você pode morrer talvez e se machucar muito com certeza mesmo usando bons coletes. Felizmente a ciência não pára, e agora há testes de materiais dignos de ficção científica com resultados excelentes, e o melhor deles é… espuma.

8 anos atrás

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Filmes costumam representar pessimamente armas de fogo e seus efeitos. Qualquer policial com mais de 3 temporadas já levou uns 18 tiros no ombro ou nas pernas e saiu sem nenhuma sequela. A cena dramática mais comum é o sujeito levar um tiro no peito, à queima-roupa, cair desacordado por alguns segundos, para então abrir a camisa, mostrar um colete de Kevlar™, REMOVER o colete e seguir atrás do bandido.

Há uma problema básico aí. Energia, assim como a fé dos militantes do PT não pode ser destruída. Ela precisa ir para algum lugar, e quando atinge o colete o projétil pressionar o Kevlar™ que não se rompe, espalha parte da energia para a região em volta do ponto de impacto mas a maior parte continua ali. Isso faz com que o Kevlar™ por sua vez pressione o corpo do usuário, provocando um afundamento, muito rápido e dolorido.

Nos padrões ideais não pode passar de 44 mm. Imagine um soco muito forte concentrando-se em uma área muito pequena afundando parte de seu peito quase 5 cm para dentro. Sim, crianças, você não levanta depois de um bom tiro de colete, você termina com costelas estilhaçadas, talvez com um pulmão colapsado e vai doer bagarai.

Dependendo da munição mesmo com o kevlar cumprindo seu papel o afundamento pode chegar a 68 mm.

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Uma solução para isso são as espumas de material composto, uma tecnologia que o Professor Afsaneh Rabiei, que ensina engenharia mecânica e aeroespacial na Universidade Estadual da Carolina do Norte vem pesquisando faz tempo.

Em um trabalho chamado Ballistic performance of composite metal foams, ele desenvolveu uma blindagem que usa uma espuma de materiais compostos, ao invés das placas sólidas tradicionais. Essa espuma não apenas transmite a energia da bala, mas a pulveriza, isso faz com que a energia seja dispersada em uma área maior. 60% a 70% da energia cinética do projétil é dissipada, e a cavidade de impacto no alvo não passa de 8 mm.

Isso para um tiro de calibre 7,62; de AK-47. A arma preferida do inimigo.

Aqui um vídeo da blindagem em ação:


NC State: Metal Foam Obliterates Bullets

Como nós que temos experiência em combate sabemos (Call of Duty conta, certo?) não basta a blindagem te proteger, você não pode ficar muito tempo sem percepção situacional, e se você tomou um tiro e desmaiou, está tão bem quanto morto, se seus amigos não chegarem até você antes do Talibã.

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