Ronaldo Gogoni 8 anos atrás
Em novembro de 2014 o Spotify já havia dado a entender que não se limitaria a streaming de músicas, e em maio a empresa confirmou que como parte de criar a trilha sonora perfeita para cada usuário estaria introduzindo podcasts e conteúdo em vídeo, só não havia definido quando a novidade entraria em vigor.
Pois bem: ontem a startup informou que os vídeos já estão prontos para serem distribuídos aos seus assinantes.
A estratégia do Spotify é concorrer de frente com os principais serviços de streaming de áudio de vídeo, oferecendo conteúdo completo e se tornando um hub multimídia que não deve nada aos adversários. Para isso a empresa fechou parcerias com diversos provedores de conteúdo como ABC, Adult Swim, BBC, Comedy Central, E!, ESPN, Fusion, Maker Studios, MTV, NBC, RadioLab, Slate, TED, TWiT, Vice News e WNYC, entre outros. A meta é introduzir conteúdos consagrados (e alguns originais) nas versões para iOS e Android em 2017 para todos os usuários, mas a partir desta semana algumas localidades já poderão testar o recurso.
Até sábado o serviço estará disponível nos Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e no quintal de casa Suécia. Cerca de 10% dos usuários nessas nações já estão utilizando a funcionalidade há alguns meses a fim de aparar as arestar e ajeitar tudo, e agora será liberado para todos os cidadãos.
Alguns conteúdos terão limitações. O show do Jimmy Kimmel por exemplo só disponibilizará clips, já outros parceiros como o Tastemade já vão produzir conteúdo original específico para o Spotify. E nada impede que a própria startup faça as vezes de Netflix e passe ela mesma a produzir material.
Contar com material exclusivo é excelente para os negócios. A Netflix e o Hulu, bem como a Amazon já entenderam isso, embora acabe gerando a perigosa balconização do formato. A Apple também embarcou na onda, principalmente depois do rolo com a Taylor Swift: após muita conversa (e um provável acordo de uns milhões de dólares - troco de pinga para a maçã) a Apple Music exibiu com exclusividade um documentário baseado na sua mais recente turnê mundial no fim de 2015. O Spotify está certo em investir nesse filão se isso significa atrair mais usuários e sair na frente dos rivais.
Fonte: The Wall Street Journal.