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RE5 não é um jogo racista

15 anos atrás

Acredito que a maioria dos leitores lembrem do episódio em que um jornalista escreveu um texto dizendo que o Resident Evil 5 seria um jogo racista, já que nele seríamos um homem branco que esquartejava negros e tratava os habitantes da mãe África como selvagens. Na ocasião o assunto repercutiu por toda a internet e a declaração do autor pareceu ter sido dada por alguém que não conhecia a temática do jogo.

O tempo passou, o jogo foi lançado e a Capcom sabiamente (a meu ver) manteve a ambientação do jogo. Como as pessoas estão jogando o título e conhecendo melhor ó seu enredo, era uma questão de tempo até que alguém trouxesse a polêmica novamente à tona e o repórter Seth Schiesel do NYT fez isso. Por todo o post ele nega que o jogo tenha conotações racistas e separei dois trechos para vocês:

dori_re5_17.03.09Então o Resident Evil 5 expõe a possível desconfortável verdade de que os negros e árabes também podem se transformar em zumbis, assim como qualquer outra pessoa. Negros e árabes não possuem um gene secreto anti-zumbis e assim como milhares de zumbis caucasianos, asiáticos e hispânicos que foram despachados em inúmeros outros jogos antes desse, os zumbis africanos precisam ser destruídos ou pelo menos neutralizados.

Não há o que questionar sobre o o jogo ser basicamente sobre um branco e uma gata ‘café-com-leite’ correndo por aí enquanto matam um bando de africanos dementes (em oposição a brancos dementes), mas ele não é um filme. Quando você está no controle da ação, a raça ou aparência étnica dos seus inimigos simplesmente deixa de importar.

Eu acho que isso resume bem a opinião do autor e para mim ele foi bastante sensato em suas palavras. Não consigo perceber como uma pessoa possa enxergar racismo apenas porque devemos matar negros no jogo. Acho que se o título se passasse na África e tivéssemos como inimigos mulheres loiras e de olhos verdes, aí eu começaria a desconfiar da intenção dos produtores.

[via The New york Times]

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