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Além de estradas, no futuro também não precisaremos de fotógrafos

A idéia chega a ser assustadora: em vez de procurar em uma base de dados, um Google da vida geraria uma imagem sintética baseada na sua busca, indistinguível de uma real. O perigo? Isso ser usado para o mal. Qual mal? Digamos que as palavras-chave são Scarlett Johansson e Nutella.

9 anos atrás

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A imagem acima é bem legal. Sou eu, em um Aston Martin DB9, a meu lado a Luciana Vendramini. Ao fundo o belo hotel Il San Pietro di Positano, na Itália. Essa imagem existe, ao menos matematicamente. Podemos chegar nela variando aleatoriamente o valor de cada pixel ou buscando pelo arquivo JPEG completo por exemplo dentro de π. Há até um trabalho de um artista que se propõe a produzir todas as fotografias possíveis.

A parte chata desse método é que uma imagem preto-e-branco alto contraste Full HD possui 2.073.600 pixels. Quantas imagens diferentes conseguimos com isso? Fácil, 2.073.600!.

Se você é comentarista de YouTube eu explico: 2.073.600! ou fatorial de 2.073.600 equivale a 2.073.600 × 2.073.599 × 2.073.598… até 1. Número grandinho. Coincidentemente as mesmas chances da cena que eu descrevi no começo acontecer de verdade, uma em 2.073.600!.

Pois bem, pode não ser preciso passar milhares de vezes a idade do Universo gerando imagens aleatórias até conseguir aquela foto da Katy Perry pelada com a Christina Hendricks em uma banheira de Nutella.

A argumentação neste artigo da PetaPixel é que a computação gráfica pode deixar de ser passiva (ui!) e se tornar proativa, uma busca em um Google Images, se feita com parâmetros suficientes seria transformada em uma descrição entendível por uma IA de modelagem, que geraria uma imagem sintética indistinguível de uma verdadeira.

Pode parecer absurdo, mas faz tempo que consumimos imagens assim. 80% dos anúncios e comerciais de carros são pura computação gráfica.

Zagato-Aston-Martin-DB9-Spyder-Centennial-Rendering-01

Aston Martin DB9. Vendramini not included.

A Ikea por exemplo acha mais fácil usar CGI do que montar os móveis que vende, com isso 75% das imagens em seu catálogo são computação gráfica.

HOJE é possível a uma Microsoft da vida (olha a dica, Tio Satya) criar um site onde você gere imagens em alta resolução de qualquer celular Lumia em qualquer ângulo, tecnologias como o Photosynth são usadas para visualizar espaços 3D de várias posições. As únicas dificuldades são integração e tempo de renderização.

Futuramente a modelagem automática incluirá pessoas. automatizando o que Hollywood já faz. Lembre-se do Chris Evans em Capitão América:

chrisevans

Analisar fotos de uma pessoa e criar um modelo 3D se tornará trivial em muito pouco tempo. Montar isso tudo em cenários igualmente sintéticos se resumirá à capacidade de processamento do serviço.

A parte ruim é que se esse cenário se tornar real, viveremos um pesadelo de direitos de imagem. Quer saber? É um preço pequeno a pagar, se com uma consulta bem redigida eu conseguir a lendária Playboy da Fernanda Abreu e da Paula Toller, que um cara do meu colégio jurava que tinha mas nunca trazia pra mostrar pra galera.

Fonte: Petapixel.

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