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ESA diz que modificar jogo para preservar a história é ilegal

Entertainment Software Association invoca a DMCA e diz que a modificação de jogos para fazer com que eles continuem funcionando online deve ser considerado algo ilegal.

9 anos atrás

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No final do ano passado a Electronic Frontier Foundation iniciou uma louvável campanha onde o objetivo era manter viva a história de alguns jogos, tornando possível que os próprios jogadores pudessem manter funcionando alguns títulos que dependem da internet.

O problema é que se por um lado temos uma organização preocupada com o passado (e o futuro) dos games, por outro temos a Entertainment Software Association, que defende que alterar um jogo abandonado por seus criadores é hacking e que essa prática está associada a pirataria.

Valendo-se da Seção 1201 da Digital Millennium Copyright Act (DMCA), com isso a ESA dificulta bastante a iniciativa de museus, colecionadores, pesquisadores ou usuários comuns que utilizam seus conhecimentos para manter vivos tais jogos, que como cansamos de ver, estão sendo sumariamente abandonados pelas editoras e desenvolvedoras.

Este é um sério problema para arquivos como o Internet Archive, museus como o Museu de Arte e Entretenimento Digital em Oakland, Califórnia, e pesquisadores que estudam os videogames como uma mídia cultural e histórica,” declarou Mitch Stoltz, advogado da EFF. “Graças ao fechamento de servidores e a incerteza legal criada pela Seção 1201, o objeto de estudos e preservação poderá ser reduzido ao equivalente digital a papiros desintegrados em menos de um ano. É por isso que uma exceção do Escritório de Patentes é necessário.

Como bem lembrado por Stoltz, tal medida poderá fazer com que a coleção de jogos de arcades e DOS disponibilizada pelo Internet Archive sejam tiradas do ar, já que na opinião dos engravatados da ESA, da MPAA e da RIAA, permitir o acesso a esses títulos passa a mensagem de que hackear um jogo, e consequentemente incentivar a pirataria, é algo dentro da lei.

De certa forma eu concordo que tais modificações e a distribuição indiscriminada de jogos é algo que pode ferir o direitos sobre a obra, porém, me preocupa muito mais saber que tem se tornado comum os games virem com um (curto) prazo de validade e ainda pior, que os jogadores não parecem preocupados em perder acesso a esses títulos.

Infelizmente tudo isso me passa a sensação de que ao contrário do que vemos em outras indústrias, a de jogos eletrônicos não se incomoda em ignorar sua história.

Fonte: EFF.

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