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Final Fantasy XV, mas pode chamar de Clube do Bolinha

Diretor do Final Fantasy XV explica porque no jogo controlaremos um grupo formado apenas por homens nos faz achar que voltamos alguns anos no tempo.

9 anos atrás

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Quem teve a oportunidade de jogar a demo do Final Fantasy XV deve ter percebido que o grupo que controlamos é formado apenas por homens e numa época em que se discute muito o papel das mulheres no mundo dos games, tanto estrelando os jogos quanto atuando na sua produção, isso fez com que muitos questionassem o porque delas não marcarem presença na aventura.

Pois o diretor Hajime Tabata tentou explicar a decisão e tenho que admitir que a opinião dele não me agradou muito. Mas primeiro, vamos à ela:

Falando honestamente, um grupo formado só por homens parece mais acessível aos jogadores. Mesmo a presença de uma mulher no grupo muda este comportamento, de modo que eles agirão diferente. Então, para dar um sentimento mais natural, para fazer com que eles sejam mais sinceros e honestos, o caminho é ter todos eles do mesmo sexo.

O mundo deve estar preparado para ver a cortina ser levantada em relação a o que os garotos fazem quando as garotas não estão por perto, quando saem de suas tendas, todos acanhados e formais. Esse é o tipo de ideia por trás disso… nós pensamos, homens ou mulheres, todos sentirão um certo tipo de conexão com os quatro personagens.

Bom, acho que qualquer decisão deste tipo em uma obra deva ser respeitada e concordo que quando apenas homens estão juntos, no geral eles possuem um comportamento diferente de quando uma mulher está por perto, pois como o diretor falou, isso permitirá que “garotos sejam garotos”.

Por outro lado, a justificativa dada por Tabata me parece apenas uma solução preguiçosa encontrada pelos roteiristas, afinal existem infinitas ótimas histórias contadas em torno de grupos formados por homens e mulheres, e muitas outras igualmente boas em que só vemos personagens do sexo masculino (ou só do feminino) e que na minha opinião, não se destacaram por causa disso, mas sim por serem boas histórias.

Da maneia como ele fala, parece que existe uma receita de bolo para se criar um bom enredo e me incomoda ainda mais essa ideia de que esta (ou aquela) maneira é o melhor para tornar o jogo mais acessível. Oras, games possuem a capacidade de atingir milhões de pessoas, principalmente um com a marca Final Fantasy, mas parece que para agradar a maioria os responsáveis por este capítulo preferiram cair no lugar comum. Só faltou o quarteto ser formado por marombados fuzileiros espaciais.

Enfim, não me espanta a franquia ter perdido tanta força nos últimos anos.

Fonte: Engadget.

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