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Viralatismo made in USA: game developer não é um emprego de verdade

Outro dia, outro pequeno caso que desanima. O filho de um jornalista do TechCrunch foi para o colégio no Dia da Carreira apresentar seu ídolo, Markus Persson, criador do Minecraft e foi impedido de falar pois a professora explicou que desenvolvedor de games não é um trabalho de verdade.

9 anos atrás

jc

John Carmack

Muito tempo atrás li que nossos pais só reconhecem 4 atividades: médico, engenheiro, advogado e a profissão deles. Fora isso não há emprego de verdade. Quando falei que ia trabalhar com publicidade minha mãe profetizou que eu iria pedir esmola na porta da Globo. Até hoje ela não entende o que eu faço com internet, mas tudo bem, também não entendia quando trabalhava como analista de sistemas.

Pais tudo bem, o problema é quanto essa percepção ocorre com profissionais que deveriam saber mais, como professores. Não que um professor primário seja obrigado a saber o que um técnico de PCR faz, eu nem sei se isso existe, mas há casos imperdoáveis, como aconteceu com o filho de Matt Burns.

O guri de 7 anos chegou todo feliz na escola, era Dia da Carreira, quando as crianças iam vestidas como profissionais que admiravam e que gostariam de seguir os passos. Ele foi como Markus Persson, criador do Minecraft, aquele jogo esquisito que lembra Atari 3D e foi vendido pra Microsoft pela bagatela de US$ 2,5 bilhões.

A professora disse que desenvolvedor de games não era um emprego de verdade, e impediu o garoto de participar das atividades do dia.

É triste perceber que mesmo nos EUA ainda existe essa percepção de que se você não carrega tijolo não é “trabalho de verdade”. Assusta a professora não perceber que ELA cai na mesma categoria, pois não produz nada tangível.

Esse trabalho que não é de verdade em 2013 rendeu mundialmente US$ 93 bilhões. Cinema no mesmo ano rendeu US$ 35,9 bilhões. Hollywood? Não, essa foi a receita MUNDIAL da indústria cinematográfica.

Profissionais de TI sempre sofreram com falta de reconhecimento, mas tudo bem, o salário compensa, deixe as pessoas acharem que software surge do nada, mas dada a complexidade dos games atualmente achar que não há uma enorme quantidade de profissionais por trás de um título é não só uma falta de respeito com todos esses desenvolvedores, como uma confissão de desconhecimento e tacanhez.

Fonte: TC.

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