Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Sabe o ditado “bom demais para ser verdade”? Pois é, muita gente teve essa sensação quando a Microsoft anunciou dias atrás que mesmo os usuários de cópias piratas de seu sistema operacional teriam direito ao update gratuito para o Windows 10.
Pois bem: agora que a poeira baixou um pouco, um porta-voz da empresa veio a público esclarecer que “não é bem assim”.
É fato que a Microsoft está extremamente comprometida em fazer com que o Windows 10 atinja o maior número possível de usuários, tanto é que o SO será gratuito por um ano para todos os usuários de cópias legitimas das versões 7, 8 e 8.1 no desktop. Ao estender a mão para os piratas e revelar que eles também teriam direito ao update, Redmond deu sinais de que quer bater de frente com as distribuições ilegítimas e buscará fazer dinheiro com o sistema em seus primeiros meses de outra forma.
Isso é de fato verdade, mas nem tudo é como parece ser. Através de uma nota enviada a alguns sites, um porta-voz não identificado esclareceu que:
“Apesar de cópias não-genuínas do Windows serem elegíveis à atualização para o Windows 10, ele por si só não alterará o estado da licença. Se um dispositivo for considerado não-genuíno, seu estado permanecerá o mesmo após a atualização.”
Ou seja: seu Windows pirata será atualizado sim, mas para um Windows 10 pirata. Isso quer dizer que o usuário que utiliza uma cópia versão Jack Sparrow não terá direito a suporte ou atualizações automáticas, e não duvido que a versão do SO tenha um limite de tempo para ser utilizada. A desculpa dada é que a Microsoft não pode dar suporte numa versão do Windows que não foi publicada pela empresa, o que faz sentido afinal. Como resolver isso? Obviamente comprando uma licença do Windows 10:
“A Microsoft vai providenciar uma um mecanismo de autenticação de cópias não-genuínas do Windows 10 através da Windows Store, desde que sejam versões atualizadas e/ou compradas.”
De minha parte não acho que seja uma má ideia. Ao permitir que os piratas possam atualizar suas cópias do SO para a versão mais recente, a Microsoft tem a chance de convencê-los de que vale a pena migrar para a versão paga e usufruir de suporte legal e atualizações automáticas, entre outras coisas. Claro, desde que o preço seja atraente o bastante para convencer esse pessoal.
Fonte: AT.
P.S.: ainda na parte dos esclarecimentos, o VP global da Xiaomi Hugo Barra veio a público explicar que a empresa chinesa não fez nenhum tipo de acordo com a Microsoft a respeito das custom ROMs para o Mi 4: na verdade Redmond trabalha no programa dedicado ao aparelho e o ofereceu para que alguns poucos membros do fórum da Xiaomi tenham a chance de testar, se inscrevendo em um programa experimental. Nada além disso.