Ronaldo Gogoni 9 anos atrás
Eu tenho uma máquina de escrever em casa. Meu pai me deu uma Olivetti College quando eu tinha uns 11 anos, na esperança de que eu pudesse aprender a datilografar por conta própria. Numa época em que cursos de informática já estavam suplantando as escolinhas de datilografia, desnecessário dizer que em poucos anos ela foi encostada, porém eu a guardo muito bem e está praticamente impecável.
Embora máquinas de escrever tenham lá seu charme, elas pertencem a um tempo que passou, não possuem mais lugar no mundo de hoje. Claro, a não ser para os hipsters que acham um PC muito mainstream, mas mesmo eles reconhecem que depender de papel e Liquid Paper é um saco. E talvez para eles a Hemingwrite seja uma opção interessante, embora eu continue de nariz torcido.
Adam Leeb e Patrick Paul desenvolveram um gadget no mínimo curioso: uma máquina de escrever com teclado mecânico e uma tela e-ink, o que a startup clama ser “a ferramenta ideal para evitar distrações quando se está escrevendo”. Os componentes são ditos como os melhores possíveis a fim de proporcionar ao escritor uma experiência agradável ao redigir seus textos, e tão somente isso que ele poderá fazer.
A Hemingwrite pode ser carregada via USB e os arquivos podem ou ser baixados para o computador, ou automaticamente sincronizados com a nuvem (Dropbox, Google Drive, Evernote). A máquina permite editar três textos simultaneamente e sempre voltará para o ponto onde você parou.
Se você acha que é uma boa, US$ 399 garantem uma Hemingwrite para você, cuja previsão de lançamento é para setembro de 2015. Eu particularmente não acho uma boa ideia, se eu já tenho uma ferramenta onde eu posso fazer tudo ao mesmo tempo agora, por que eu daria um passo atrás com uma máquina escrever cujo diferencial é trocar o papel por e-ink?
Fonte: Kickstarter.