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China estaria coletando dados de usuários do iCloud

Denúncia aponta que governo chinês está envolvido em ataque hacker contra o iCloud; ação coincide com lançamento dos novos iPhones — mais seguros — no país

9 anos atrás

icloud

É, parece que o iCloud ainda continua passando por uma má fase. Só que dessa vez a culpa nem é da Apple: segundo denúncia do site GreatFire.org, especializado em pesquisas sobre a censura da internet na China revela que o governo local estaria xeretando os arquivos de usuários do iOS, usando o método man-in-the-middle para ter acesso aos dados.

Basicamente o atacante injeta informações falsas no acesso ao iCloud do usuário, fazendo-se passar por uma página segura quando não é. Ao realizar login, o hacker ganha acesso ao ID, senha e todos os dados que o usuário está guardando na nuvem. Embora seja uma prática comum, algumas coisas chamam a atenção para uma possibilidade de um ataque grande e orquestrado: em primeiro lugar, os chineses passaram a utilizar o iClous há poucas semanas. Segundo, o ataque coincidiu com o lançamento dos iPhones 6 e 6 Plus na China, e ele é de escala nacional. Não obstante, o caso lembra muito ataques que o Google e o Yahoo! sofreram num passado recente, em que o governo chinês estava diretamente envolvido.

Uma das possíveis causas seria o aumento da segurança do iOS, a encriptação padrão que está tirando o sono das autoridades norte-americanas (aqui, aqui e aqui). Ao fechar o sistema para a NSA, evidentemente que as autoridades chinesas também ficaram de fora e não mais podem verificar o que seus cidadãos andam compartilhando em seus iPhones. Isso até levantou a suspeita de que os novos smartphones da maçã não seriam comercializados no país, mas no fim das contas tudo indica que a cúpula decidiu por uma abordagem mais direta, em prol de ver tudo o que os chineses donos de iCoisas andam fazendo e compartilhando.

O site recomenda aos usuários evitarem utilizar navegadores como o 360 Secure Browser, que é apoiado pelo governo, e prefiram o Chrome ou o Firefox em seu lugar - além de utilizar VPNs em casos extremos.

Fonte: E.

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