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Facebook pede desculpas à comunidade LGBT por política de nomes reais

Depois de armar a maior confusão com a comunidade LGBT por exigir que Drag Queens usassem seus nomes reais, Facebook volta atrás e pede desculpas

9 anos e meio atrás

sister-roma

Vou confessar uma coisa: é divertido ver uma companhia tendo que engolir belos sapos e ser obrigada a voltar atrás numa decisão pra lá de polêmica e impopular. A bola da vez é o Facebook: após entrar em severos atritos com a comunidade LGBT por não aceitar nomes artísticos ou apelidos nos perfis, a rede social acabou por voltar atrás em sua política e mais, pediu perdão pelo vacilo.

Alegando questões de segurança (na realidade ânsia por coletar os dados dos usuários), o Facebook mudou há algumas semanas a política dos perfis dos usuários a passou a encrencar com quem usava apelidos e nomes artísticos, exigindo assim que os mesmos mudassem para seus “nomes de batismo”. Claro que isso se tornou um problema e tanto principalmente para drag queens, alguns dos quais já estavam estabelecidos na rede do Zuckerberg há tempos e possuíam em alguns casos milhares de seguidores. Aos usuários foram dadas duas opções: ou transformar seu perfil numa página (o que mataria a interação com seu público) ou simplesmente sair do Facebook.

Alguns artistas que se recusaram a aceitar virarem páginas tiveram seus perfis sumariamente deletados pela rede social, embora alguns deles tenham sido restaurados depois. Petições e encontros anteriores com representantes da comunidade LGBT, que cobravam um entendimento do Facebook para que as drag queens pudessem usar seus nomes de palco sem problemas foram infrutíferos: o Facebook alegou mais de uma vez que embora entendesse a situação, a tal exigência do nome real era “uma questão de segurança”, dando a entender que “os incomodados que se mudem” pois não voltaria atrás.

Só que buzz negativo é algo que nenhuma empresa quer atrair. Por isso o líder de produto do Facebook Chris Cox anunciou nesta terça-feira, após novo encontro com membros da comunidade LGBT que a rede social vai voltar atrás e permitir que artistas possam usar seus nomes de palco (não está claro se a novidade será liberada para todos; eu diria que não) e aproveitou para pedir desculpas, dizendo que o Facebook “deve a seus usuários um serviço e uma experiência melhores, e por isso vamos corrigir essa política para que todos possam usar a rede novamente”.

Sendo um tanto pragmático, é possível que a mudança de atitude do Facebook tenha sido não só para evitar a perda de usuários como também conter o crescimento do Ello, uma nova rede social que promete ser livre de ads e que promete não vender os dados de seus usuários (d-u-vi-d-o!). E para completar Cox mudou o tom da conversa: embora tenha alegado que “o Facebook quer que o usuário utilize o nome pelo qual é conhecido em sua vida”, muita gente teve o perfil bloqueado sob condição de mudar seu nome para “o que consta em sua identidade ou carta de motorista”.

Fonte: r/c.

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