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Transformar a Lua em um detector gigante de raios cósmicos? WHY NOT?

Conheça o SKA, uma proposta para o maior e mais sensível radio telescópio do mundo: ele vai detectar muito mais raios cósmicos de energia ultra alta e para isso vai usar a Lua como um gigantesco detector.

9 anos e meio atrás

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Apollo 12 em foto histórica da Lua.

Cientistas da Universidade de Southampton querem transformar a Lua em um detector gigante de partículas para ajudar a entender a origem dos chamados Raios Cósmicos de Energia Ultra Alta (Ultra-High-Energy — UHE), as partículas mais energéticas do universo.

As origens dos raios cósmicos UHE é um dos grandes mistérios da astrofísica. Ninguém sabe de onde estes raios cósmicos extremamente raros vem ou como eles adquirem suas enormes quantidades de energia. Os físicos conseguem detectá-los na Terra a taxas menores do que 1 por quilômetro quadrado por século (O.o).

O Dr. Justin Bray, um pesquisador sobre magnetismo cósmico na Universidade de Southampton é o autor da proposta de usar o Square Kilometre Array (SKA), prestes a se tornar o maior e mais sensível radio telescópio do mundo, para detectar muito mais raios cósmicos UHE usando a Lua como um gigantesco detector.

Na Terra, os físicos detectam estes raios ultra-energizados quando eles atingem a atmosfera superior, disparando uma cascata de partículas secundárias que geram uma pequena a fraca explosão de ondas de rádio com duração de poucos nanosegundos. São os sinais que os astrônomos esperam captar da Lua, mas como eles são muito fracos, nenhum radio-telescópio da Terra consegue captá-los ainda.

Com a sua grande área e alta sensibilidade, o SKA seria capaz de detectar esses sinais usando a face visível da Lua, que tem milhões de quilômetros quadrados, dando aos pesquisadores acesso a uma abundante quantidade de dados sobre os raios cósmicos UHE que eles jamais sonharam em ter.

Os pesquisadores esperam poder detectar em torno de 165 raios UHE por ano, face aos 15 que vinham conseguindo anteriormente. Quando o SKA se tornar operacional, por volta de 2020, o radio telescópio produzirá cerca de 10 vezes mais tráfego de dados em sua rede interna do que a internet em escala mundial. Uma marca espantosa, que servirá inclusive para avançar as tecnologias de telecomunicações.

Fonte: SD.

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