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Algoritmo permite robô reaprender a andar após sofrer danos

Engenheiros franceses desenvolvem algoritmo que permite robôs adaptarem seu modo de locomoção, dependendo da extensão dos danos que venham a sofrer

9 anos e meio atrás

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Geralmente quando um animal perde ou tem um membro ferido, ele é obrigado a reaprender a se locomover por tentativa e erro, e geralmente ele consegue (já vimos vídeos de cães que conseguem se locomover bem com apenas duas patas, inclusive um boxer que nasceu com as patas traseiras atrofiadas que tiveram que ser removidas, e que aprendeu desde cedo a correr com as que restaram), mas o que se pode dizer de robôs?

Programar o movimento de autônomos não é simples, e muitas vezes a possibilidade dele ser obrigado a continuar se movendo com danos no sistema motor não é implementado. Entretanto, uma equipe de engenheiros conseguiu fazer com que um robô conseguisse reaprender a andar.

Os pesquisadores da Universidade de Sorbonne em Paris Antoine Cully, Jeff Clune and Jean-Baptiste Mouret conseguiram “treinar” um hexápode de forma com que ele possa se adaptar se ele sofrer um dano severo em uma de suas pernas. O algoritmo que o robozinho executa o leva a experimentar diversas formas de locomoção dentro do banco de dados de 13 mil modos de locomoção que ele tem à sua disposição para executar, e selecione o que for mais eficiente para ir do ponto A ao ponto B.

O hexápode possui 18 servo-motores para movimentar as pernas, o que totalizam 36 parâmetros com os quais o robô precisa lidar. Diferente de um ser vivo, que sente dor ao tentar se locomover com um membro machucado, ele precisa calcular a velocidade média, a direção e observar cada parâmetro durante o galope, de modo a identificar o que está errado e adequar o passo da forma mais eficiente, considerando o dano. Em outras palavras, o robô de fato reaprende a andar em segundos, selecionando e testando diversos tipos de marcha em seu repertório e por fim executando a que melhor se adequar.

O vídeo abaixo mostra duas situações distintas: uma perna que tenha perdido a força e uma perna quebrada. Em ambos os casos o robô identifica que o modo de locomoção padrão não mais funciona e passa a rodar diversos tipos de marcha, até achar a que melhor se adequar a sua atual situação. O processo todo leva apenas dois minutos.

Jean-Baptiste Mouret — Supplementary Video S1 for “Robots that can adapt like natural animals”

Claro, é importante lembrar que isso não se trata de inteligência artificial, já que o hexápode possui um repertório de movimentos a serem escolhidos. Entretanto, é interessante ver que no futuro autômatos não poderão ficar restritos a apenas um tipo de movimento, e dependendo da situação uma banana de dinamite não será o suficiente para se livrar do robô do mal que está na sua cola.

Fonte: TC.

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