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Mulher recebe crânio produzido com uma impressora 3D

Prótese de crânio transparente produzida por impressora 3D dá nova vida à mulher de 22 anos que sofre de uma condição rara

10 anos atrás

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Eu adoro impressão 3D quando utilizada de formas criativas ou preferencialmente, quando proporcionam uma melhora de vida às pessoas. Nós já vimos casos aqui do WREX feito com plástico ABS que devolveu a liberdade de movimentos a uma menina de dois anos, do senhor que teve o rosto reconstruído após um câncer devastador deixar uma cratera em seu rosto, o pai que criou uma mão biônica de dez dólares para o filho baseado em outro projeto sensacional e por aí vai.

skull-3d-003A pesquisa médica também se beneficia da cada vez mais acessibilidade das impressoras 3D. A mais recente façanha ocorreu na Holanda, com uma mulher de 22 que sofre da doença de Camurati-Engelman, um tipo de displasia que causa crescimento anormal dos ossos longos dos membros e que pode afetar o quadril e o crânio. A paciente enfrentava um aumento na espessura das paredes do crânio (até 5 centímetros quando normalmente não deveria passar de 1,5 cm), que compromete a circulação e pode afetar as funções do cérebro. Segundo o doutor Bon Verweij, a paciente já enfrentava problemas de visão e fortes dores de cabeça, e não demoraria muito para outras funções cerebrais serem afetadas.

A solução encontrada seria substituir parte do crânio por uma prótese, só que as tradicionais são caras e nem sempre trazem bons resultados. Foi então que resolveram seguir o exemplo de um caso ocorrido no ano passado, quando um paciente norte-americano teve 75% do crânio substituído por uma prótese impressa no polímero orgânico polietercetonacetona (PEKK para os íntimos), desenvolvido pela empresa Oxford Performance Materials de Connecticut (veja ao lado).

Neste caso uma empresa australiana ficou responsável pela prótese, baseado num modelo de scanner do crânio e criado via impressora 3D, que até que se diga o contrário não foi feita em PEKK, visto que o material é transparente. A cirurgia para implantar o modelo levou 23 horas e ainda é preciso monitorar a paciente para o caso de rejeição e outros efeitos colaterais, mas ela já recuperou a visão e não sente mais dores de cabeça, o que por enquanto já um baita saldo positivo.

O legal dessa história é que o processo não é mais complicado do que uma operação que utilizasse próteses tradicionais, mas é mais barata e até onde se verificou, mais segura. Isso poderia reduzir e muito os custos gerais do procedimento e permitir que mais pessoas que enfrentam os mesmos problemas ou similares, como perda de tecido ósseo por lesões, câncer e outros problemas possam ter acesso ao procedimento.

Por essas e outras que dá gosto viver no futuro.

Fonte: ET.

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