Ronaldo Gogoni 10 anos atrás
Após duas semanas tratando de um assunto pra lá de pesado, o nono episódio do #SciCast resolve abordar um tema também polêmico, mas dada a atual situação energética do mundo é imprescindível que seja discutido: a energia nuclear.
Silmar, Jorge e Ronaldo (Matheus ficou na detenção) se juntam novamente ao Cardoso e ao professor da vez, o mestrando em engenharia nuclear na Alemanha Luiz Gonzaga Neto. Juntos tentamos entender quais as vantagens da geração de energia por meios nucleares em comparação aos métodos geralmente utilizados, qual é o donut que o Homer não pode comer, como uma usina opera e as falhas de projeto que levaram ao acidente de Fukushima (sem esquecer que a usina levou uma porrada do planeta!) e qual festival de cinema sobre o assunto deixou Cardoso extasiado.
É importante lembrar que apesar de se tratar de uma tecnologia velha pra burro (Otto Hahn a descobriu em 1938, mas Ernest Rutherford propôs um modelo em 1911), a discussão em torno de mais países desenvolverem suas plantas nucleares é tratada como algo alienígena mais por desconhecimento e medo da reação popular, pelo simples fato de ter "nuclear" no nome. Mais e mais governos estão discutindo que uma cooperação entre nações em prol de mais usinas é importante porque elas, diferente de usinas hidrelétricas e movidas a carvão causam impacto zero na natureza.
O governo ucraniano agora considera uma maior cooperação com a CEI de modo a não depender somente do gás da Rússia, o que mostra que apesar de não ter esquecido do trauma de Chernobyl (acidente que foi causado por incompetência humana), é preciso seguir em frente. A China também vai continuar ajudando o desenvolvimento nuclear do Paquistão, bem como a Índia, que está em vias de fechar um acordo com o Japão. O único porém é que os dois países possuem ogivas. Falando em Japão, a proposta do primeiro-ministro Shinzo Abe de reduzir o uso da energia nuclear vem enfrentando resistência por parte do governo, enquanto a opinião pública se pôs contra a manutenção das usinas, ainda traumatizados por Fukushima, cuja água radioativa acumulada ainda está dando dores de cabeça aos técnicos.
No fim, a energia nuclear promove mais vantagens do que problemas. Depende de quem bota a mão para trabalhar e para o quê. Portanto ouçam o programa que está bem divertido, deixem seus comentários e não faltem na próxima aula.